O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ironizou o secretário Estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, ao comentar sobre as vacinas extras que devem ser enviadas exclusivamente para para Cuiabá. Os imunizantes foram solicitados à União em decorrência aos 5 jogos da Copa América que serão realizados na capital mato-grossense.
Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (10), o chefe do Executivo Municipal disse que "Figueiredo calado seria um grande poeta". O comentário também foi direcionado ao secretário de Fazenda, Rogério Gallo. "Quase todas às vezes que os secretários Gilberto Figueiredo ou Rogério Gallo se prenunciam eu lembro daquela frase: eles calados são um poeta", disse ao ironizar os secretários de Estado do governador Mauro Mendes (DEM), seu principal desafeto político.
As críticas ocorreram quando Emanuel comentava sobre as articulações entre a Prefeitura de Cuiabá, o deputado Emanuelzinho (PTB) e o governo federal para o envio de doses extras para vacinar a população cuiabana.
Na última terça-feira (8), o prefeito viajou para Brasília e se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) para tratar do assunto. No dia seguinte, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, gravou um vídeo ao lado de Emanuelzinho confirmando, sem informar a quantidade, que enviaria mais vacinas a Cuiabá.
Figueiredo, por sua vez, teria afirmado que não seria possível que as doses viessem exclusivamente para Cuiabá, já que os imunizantes geralmente são encaminhados para o governo do Estado, que faz a distribuição proporcional aos 141 municípios.
Emanuel, contudo, disse que é impossível que o Estado faça o "confisco" das vacinas por conta do acordo firmado com a União. "Isso não teria nem condição, o ministro e o presidente deixaram claro. O ministro ao receber o deputado federal Emanuelzinho fez questão de gravar um vídeo para anunciar. Isso seria uma a apropriação indevida", complementou.
Emanuel ainda disse que as doses extras são uma "vitória de cuiabana" e evitou polemizar os rumores sobre possíveis interferências do Palácio Paiaguás para atrapalhar as negociações com o governo federal. "Teve um burburinho sobre isso ai.... Mas as vacinas são uma vitória de Cuiabá. Ele poderia ter pedido mais vacinas também para todo o Estado", finalizou.