O empresário José Kobori, preso por envolvimento no esquema de desvios de dinheiro do Departamento de Trânsito de Mato Grosso, que teve prisão revogada nesta sexta-feira (27), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tófolli, não poderá usar nenhum meio de comunicação para ter contato com os investigados na “Operação Bônus”, a segunda fase da “Operação Bereré”. A determinação é do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Zuquim Nogueira que impôs cautelares para Kobori.
Entre elas, o comparecimento mensal em juízo para informar suas atividades, a proibição de contato com pessoas também investigadas na ação, e o recolhimento noturno e nos dias de folga. Não foi determinado o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento do empresário.
“O comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar suas atividades pelo período de (06) seis meses, podendo ser renovado tal período pelo juízo caso demonstrada a necessidade em decisão devidamente fundamentada, bem como manter atualizado junto ao juízo seu endereço e telefone. Proibição de manter contato ( por qualquer meio de comunicação ou presencial) com qualquer pessoa investigada, denunciada ou que, de qualquer forma tenha relação com o motivo da prisão (“Operação Bereré”). Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga”, diz trecho da decisão.
Com a assinatura do alvará de soltura, Kobori foi solto ainda nesta sexta-feira (27). Ele estava recolhido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde o dia 9 de maio.
LIBERDADE
O habeas corpus para o empresário ocorreu no plantão judiciário do STF. Presidente interino do órgão, o ministro Dias Tóffoli deferiu o pedido, feito pelo advogado Gilson Dipp, ex-ministro do STJ.
O deferimento do pedido chegou a surpreender, já que executivo teve um pedido de revogação de prisão negado pelo pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na ultima quarta-feira (25). Relator do caso, o desembargador José Zuquim Nogueira não poupou adjetivos para defender a manutenção de sua prisão por suposta participação no esquema que teria desviado R$ 30 milhões no Detran do Estado. “Ele (Kobori) é especialista na maracutaia e em montar o quadro daquilo que ocorreu dentro do Detran. Isso é inquestionável”, disparou o desembargador que é relator da investigação.
Kobori é acusado de intermediar cerca de R$ 2,6 milhões em propina junto a empresa EIG para o ex-secertário da Casa Civil, Paulo Taques. Os valores eram pagos a título de “bônus anual”, que caíam na conta do executivo e seriam repassados ao ex-secretário.
Com a soltura dele, os outros cinco detidos podem requerer a extensão do habeas corpus. Ainda estão presos o deputado estadual Mauro Savi (DEM), os advogados Paulo Taques e Pedro Jorge Taques; além dos empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, o "Grilo".
Juca do Praieirinho
Sábado, 28 de Julho de 2018, 16h54Helen
Sábado, 28 de Julho de 2018, 16h33Edson Lima
Sábado, 28 de Julho de 2018, 14h05Jose Carlosj
Sábado, 28 de Julho de 2018, 11h20