Depois da Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda., a Auto Sueco Centro-Oeste Concessionária de Veículos Ltda. deve questionar a decisão do ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva no processo que ficou conhecido como ‘Escândalo dos Maquinários’.
O advogado João Celestino Corrêa da Costa Neto, que faz a defesa da segunda empresa, afirma que deve ingressar nos próximos dias com um embargo de declaração.
Um dos pontos a serem questionados é quanto aos pedidos de provas específicas para apontar o sobrepreço na licitação. Para o advogado, ao analisar o caso, Julier não considerou a diferença das condições em que o negócio foi realizado.
Segundo ele, o valor maior foi aplicado a alguns equipamentos porque, na venda para o Estado, houve um acordo de fornecimento de garantia de cinco anos, manutenção em todas as cidades de Mato Grosso e congelamento de preço por um período de 12 meses.
João Celestino afirma ainda que, ao menos em um primeiro momento, não deve questionar a decisão de Julier em sentenciar o caso dias antes de pedir exoneração da magistratura para se candidatar na eleição deste ano, o que, para o advogado, já coloca o processo em suspeição.
A Auto Sueco foi condenada a devolver o que teria cobrado a mais em cada uma das máquinas fornecidas ao Estado, com a devida correção monetária. Além disso, foi multada em R$ 20 mil e proibida de contratar com o serviço público por cinco anos.
Nos próximos dias também devem recorrer da sentença pelo menos outros dois condenados: os ex-secretários de Estado Geraldo De Vitto e Vilceu Marchetti.
As defesas de ambos alegam que o ex-juiz Julier não poderia ter julgado o caso por conta de suas pretensões políticas.