Além da questão contratual, onde já foram gastos mais de 70% do valor total sendo que apenas 30% foi executado, o Governo do Estado suspeita de que as obras já concluídas não garantem o trânsito completo e sem problemas do modal sobre trilhos. Os estudos técnicos em relação as obras ainda estão sendo concluídos, mas há indícios claros de que alguns trechos da obra bilionária que está paralisadas terão que ser refeitos.
Uma das situações envolvem é o viaduto da UFMT, na avenida Fernando Correa da Costa. Além do problema de drenagem das cabeceiras, onde fica alagado a cada chuva, a construção pode impedir a passagem conjugada dos vagões do VLT. “Estamos fazendo um estudo para que quando chova não vire aquele mar ali embaixo. Aquela obra já tem estudos apontando que a inclinação não dará para passar os vagões”, revelou nesta terça-feira o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
Paulo Taques reforçou que o Governo do Estado irá concluir a obra iniciada na gestão passada e que tinha conclusão prevista para março de 2014. Porém, ainda está sendo estudada a melhor forma de executar a obra. “Uma das possibilidades é firmar uma PPP (Parceria Público Privada), onde a empresa que concluir a obra, assuma a operacionalização do sistema", destacou.
Orçado em R$ 1,477 bilhão, o VLT já consumiu R$ 1,055 bilhão dos cofres públicos. Destes, R$ 500 milhões são relativos a compra dos vagões, que estão estacionados no Centro de Comando e Controle, ao lado do aeroporto Marechal Rondon.
VIADUTO DA SEFAZ
Além do viaduto da UFMT, outra obra que apresentou problemas após a entrega foi o viaduto da Sefaz, na avenida do CPA. A obra, inaugurada em fevereiro de 2014 foi interditada em agosto do mesmo ano para passar por reforço da estrutura. “Essa obra foi reiniciada somente em fevereiro deste ano, já durante a gestão do governador Pedro Taques”, frisou.
O secretário-chefe da Casa considerou o Viaduto da Sefaz como desnecessário. "Estamos concluindo a obra e nesta quarta-feira será feito o teste de peso. Se der tudo certo, será liberado. Se der errado, teremos que demolir. Uma coisat é certa, sendo que já dei minha opinião como cidadão e agora como secretário: é um viaduto que liga lugar nenhum a nada", analisou.
A obra encontra-se paralisada desde o final do ano passado. O contrato com o consórcio VLT Cuiabá está suspenso pela Justiça Federal até que o Estado e as empresas cheguem a um acordo sobre a retomada das obras.
Na entrevista à rádio, o secretário afirmou que as auditorias realizadas no início da atual gestão apontam que cerca de R$ 1 bilhão gastos na última gestão tenham sido desviados. Até o momento, a atual gestão investigou a aplicação de R$ 5 bilhões pelo Governo do Estado. “É bom deixar claro que o governador não investiga ninguém. Ele apenas aponta a desconfiança de malversação do dinheiro público para os órgãos competentes”, destacou.
Numa rápida avaliação do 1º semestre da atual gestão, o secretário apontou que foi iniciada uma nova forma de governar no Estado. “É uma gestão transparente, com planejamento e visão. Principalmente a visão a médio e longo prazo do governador Pedro Taques”, assinalou.
Diogo Ribeiro
Quarta-Feira, 22 de Julho de 2015, 20h57JC
Quarta-Feira, 22 de Julho de 2015, 18h58Rafael
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