Ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o ex-deputado federal Neri Geller afirmou que não pretende fazer ataques diretos ao ministro Carlos Fávaro (PSD-MT). A declaração foi dada durante entrevista após confirmar sua filiação ao Republicanos, partido que busca nomes para formar chapas proporcionais para deputados federais e estaduais.
Geller esteve envolvido em uma crise recente no Governo Federal, após vir à tona o envolvimento de um ex-assessor dele com empresas suspeitas no polêmico “escândalo do leilão do arroz”, em 2024. A situação resultou na saída do secretário do governo Lula (PT) e no rompimento com Fávaro, com quem trocou ofensas por meio da imprensa.
O ex-deputado negou qualquer tentativa de enfraquecer o ministro que deve tentar a reeleição ao Senado em 2026. "Não tem nada a ver. Eu tive divergência com o senador Fávaro, mas nesse momento as divergências aos poucos vão sendo superadas. Eu olho sempre no horizonte”, afirmou.
Geller busca reposicionar sua imagem e reforçar sua influência política ao trocar o Progressistas pelo Republicanos, mesmo com “olhares tortos” de futuros correligionários, como o deputado estadual Diego Guimarães. Ao comentar sobre Fávaro, foi direto. “Quero que ele vá bem, que ele faça um bom trabalho. Não tem nenhuma picuinha nesse sentido”.
Neri destacou que seu foco está em “trabalhar um projeto de governo” e que, por ora, “não tem adversário”. Ele defende a importância de Mato Grosso manter o protagonismo no Ministério da Agricultura. “Eu não vou fazer ataque frontal, porque eu faço política olhando para a frente. E, nesse momento, ter a vaga de ministério da Agricultura para o Estado de Mato Grosso é importante”, concluiu.