Membros do PP se reuniram nesta segunda-feira (24) para discutir o convite feito pelo senador Pedro Taques (PDT) para que o empresário Eraí Maggi (PP) seja o candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo pedetista ao governo do Estado. O encontro teve início no final da tarde e se estendeu noite adentro. A cúpula da legenda debateu a questão com representantes das bases do partido. 

O PP, atualmente, faz parte da base governista. O nome de Eraí, inclusive, é um dos que devem aparecer na pesquisa de intenção de voto contratada pelo grupo para nortear a escolha do candidato que defenderá o governo Silval Barbosa (PMDB) no pleito deste ano. O próprio empresário, todavia, já descartou a chance de disputar tal cargo. Segundo ele, não há tempo hábil para que ele se desligue de suas atividades empresariais. Sendo assim, resta-lhe a possibilidade de disputar apenas um cargo de vice ou de suplente de senador. 

A legenda, no entanto, já vinha mantendo diálogo com o grupo de oposição, que deve lançar o senador Pedro Taques ao comando do Palácio Paiaguás. A conversa, que, segundo alguns oposicionistas, já vinha bem adiantada, parece ter ganhado mais importância depois que o presidente do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, afirmou que o PP não teria espaço na chapa majoritária da base aliada. 

Acontece que, segundo o presidente do PP em Mato Grosso, deputado estadual Ezequiel Fonseca, uma das condições que o partido impôs a seus possíveis aliados neste pleito é, justamente, ter espaço nesta disputa. No grupo de Taques, no entanto, isso também não é garantido. Presidente do PSB e principal aliado do pedetista, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), também sonha em indicar o candidato a vice. Sobraria ao PP, então, a vaga de suplente de senador.