O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deve reagendar as oitivas referentes à investigação de suposta irregularidades em licitações promovidas pela secretaria estadual de Trabalho, Emprego e Assistência Social (Setas). A informação é do coordenador-geral do Gaeco, promotor Marco Aurélio de Castro. A estimativa, segundo ele, é de que dentro de uma semana os notificados a prestar esclarecimentos sobre o caso já tenham analisado o processo e possam ser novamente convocados. 

Os depoimentos foram suspensos nesta quarta-feira (7) após o titular da Setas, Jean Estevan Campos Oliveira, ter deferido um pedido feito à Justiça. Ele alegou não ter tido acesso aos documentos da investigação. 

A decisão foi proferida pela desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho e beneficiou apenas o próprio secretário. O Gaeco, no entanto, optou por suspender todas as demais oitivas para evitar que o processo de investigação fosse alvo de questionamentos futuros. 

Até o momento, 24 pessoas já foram ouvidas. Restam ainda 15. Os nomes, no entanto, não foram divulgados pelo Gaeco para não atrapalhar as investigações. A divulgação deve ocorrer apenas no oferecimento da denúncia à Justiça. 

O Gaeco investiga a existência de suposto conluio entre servidores da Setas e funcionários de institutos sem fins lucrativos para fraudar licitações e convênios. 

A empresas estariam envolvidas no esquema. Entre os programas alvo das supostas fraudes estaria o “Qualifica Mato Grosso”, implantado durante a gestão da primeira-dama Roseli Barbosa à frente da Setas. 

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