O governador Silval Barbosa (PMDB), durante entrevista nesta quinta-feira (27) ao programa Chamada Geral atribuiu aos engenheiros problemas técnicos apresentados nas obras da Copa do Mundo. “Quem faz projeto executivo e arquitetônico é o engenheiro e arquiteto. Laudo de medição também é feito por engenheiro. É difícil receber uma obra no período da seca como a trincheira Ciriaco Cândia que está com problema de infiltração. Quem foi lá atestou que a obra estava 'ok' para ser liberada?”, disse.
Silval ainda minimizou o desmoronamento de uma parte do asfalto da ponte professor Benedito Pinto Figueiredo, que interliga as avenidas Beira Rio e Antônio Dorilêo no bairro Coophema. Com investimento de R$ 7,9 milhões, a obra executada pela empreiteira Três Irmãos, de propriedade do suplente de deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), não resistiu aos efeitos da chuva 4 meses após a inauguração. “Deu um probleminha e a empresa corrigiu. Aquela obra não tem nada a ver com a Copa do Mundo”, disse.
A aparição de Silval Barbosa no programa de rádio se deu após uma entrevista do engenheiro civil André Schuring, coordenador de Câmaras Especializadas de Engenharia Civil do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Schuring criticou a falta de diálogo do Estado com o conselho. “Na época da Agecopa, foi criado um comitê interno para ajudar a gerir toda a situação de Copa. No entanto, quando começamos a exigir projetos executivos esse grupo de entidades de classe deixou de existir”, disse.
Ele também afirmou que o relatório produzido pelo CREA que apresenta falhas em 11 obras de mobilidade urbana é meramente técnico. “O que nós apresentamos é a falta de drenagem, mau acabamento e fissuras no concreto. São observações técnicas e mostra o que a sociedade nos cobra o tempo inteiro. Fomos acionados a pedido da Assembleia Legislativa”.
Por outro lado, Silval afirmou que está comprometido com a qualidade das obras. “Qual governo que contrata uma obra sem garantia e de má qualidade. Nós contratamos e exigimos qualidade pelo período de 5 anos. O Estado tem a garantia das empresas de 5 anos e não vamos aceitar problemas. Todas as correções serão feitos com os custos da empresas e sem adicionais”, assinalou.
Cidad?o Cuiabano
Sexta-Feira, 28 de Fevereiro de 2014, 09h26Eder Sampaio Correa
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Quinta-Feira, 27 de Fevereiro de 2014, 18h24