O governador Silval Barbosa (PMDB) assume que as obras dos 23 quilômetros do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) podem não ficar 100% concluídas até o final do ano, embora o novo prazo de término seja 31 de dezembro. O prazo inicial era 13 de março de 2014. “O VLT vai funcionar gente, talvez não até a Copa, temos até o final do ano para construir esta obra e se não ficar 100% pronta, se conclui depois, mas é maior obra da América Latina do gênero”, disse o governador durante o encontro sobre receptividade no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Ele também desconversou sobre os testes do VLT do trecho Aeroporto Interna-cional Marechal Rondon ao Porto, que a Secopa havia dito que seria concluído até junho e funcionaria em fase de teste. “Nós vamos trabalhar nos 23 km, o que der para testar, para inaugurar até a Copa bem, o que não der inaugura até o final do ano. Não quero ficar falando de obras, quero sair dessa agenda”.

O secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, evitou falar com jornalistas. Em uma entrevista a uma TV local, admitiu que o VLT só fica pronto em 2015, o que acabou gerando desgastes, pois o prazo dado oficialmente é ainda em 2014.

Nesses poucos menos de 100 dias para o primeiro do jogo da Copa do Mundo em Cuiabá, marcado para 13 de junho, não há um calendário de inaugurações. Conforme Silval, assim que as obras forem concluídas, elas serão inauguradas. “Estamos passando por um período intenso de chuva. Nunca se choveu tanto neste período comparado aos outros anos. Tivemos uma chuva no estado fora normal nesta madrugada (05) e as obras que estão na terraplanagem levam de 3 a 4 dias para secar”.

O governador confessou se sentir injustiçado por parte da imprensa que confundem obras da matriz de responsabilidade da Copa do Mundo, essenciais para o mundial de futebol, com obras de mobilidade urbana - como o VLT - que não é fundamental para o evento.“Misturam tudo colocando como obras da Copa. Estamos trabalhando em parceria com as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande e fazendo uma verdadeira transformação na região metropolitana. Nem tudo sai no tempo em que se planejou e aí vendem isso como a coisa mais negativa do mundo, sendo que se trata de um legado para a população", desbafou.