O governador Pedro Taques (PSDB), que foi anfitrião da segunda reunião do Fórum de Governadores dos Estados do Brasil Central, participa nesta sexta-feira do terceiro encontro, que acontece na capital do Tocantins, Palmas, assinalando que os seis Estados precisam acelerar a tomada de decisões para vencer os obstáculos da frágil economia nacional e da crise política que se instalou em toda a Nação. “Temos que tirar, o quanto antes, do papel decisões que permitam a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia e Brasília dar início ao Consórcio Interestadual dos Estados do Brasil Central e transformar em realidade as aspirações da sociedade”, disse o governador Pedro Taques (PSDB) demonstrando otimismo em relação a Mato Grosso, ao Fórum e ao Brasil, mas cético quanto à capacidade de recuperação do governo federal.
A reunião dos governadores será precedida na quinta-feira, 10, pelos secretários de Estado de Planejamento, que apresentarão o escopo do modelo de funcionamento da Agência de Fomento ou do Consórcio Interestadual, aquele que melhor se adequar os planos dos governadores de unirem esforços nas soluções de seus maiores problemas. Segundo o titular da pasta de Mato Grosso, Marco Aurélio Marrafon, a ideia é sair deste encontro com o protocolo de intenções pronto e aprovado para que o mesmo comece a trabalhar e gerar resultados. “O que se procura com essa unidade de Estados é a unificação na atuação, mas principalmente a busca de resultados para que todos possam capitalizar e colher resultados para enfrentar a crise”, sinalizou.
O encontro acontece no Palácio Araguaia, sede do governo de Tocantins e já tem a confirmação de todos os governadores, Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins; Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Pedro Taques (PSDB), de Mato Grosso; Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul e Confúcio Moura (PMDB) de Rondônia.
A participação mais importante, no entanto, é do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger que esteve em Cuiabá e apontou que os modelos econômicos atuais estão esgotados e que somente a previsibilidade do desenvolvimento regional seria a solução.
Em entrevista a Folha de São Paulo, no último dia 30 de agosto, Mangabeira Unger, reconheceu o peso da crise, mas sinalizou que o pensamento e ação dos governadores do Brasil Central deveria ser ampliado para a América do Sul. Em sua fala a Folha de São Paulo, Mangabeira sinalizou que “se não estivéssemos vivendo uma crise ou múltiplas crises, não estaríamos considerando alternativas. A maior aliada de quem quer transformação é a crise", afirma ele, que propõe "uma grande união de repúblicas sul-americanas, que precisam ter como base a convergência nesse projeto [de desenvolvimento], não apenas em acertos comerciais como o Mercosul ou em práticas de concentração política como a Unasul."