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Principal articulador da pré-campanha do senador Pedro Taques (PDT) ao Palácio Paiaguás, o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) esteve na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (10) para cobrar uma definição do PR quanto a apoiar ou não o projeto do pedetista. Além de tentar garantir o apoio dos deputados estaduais do PR – que seriam os responsáveis pela resistência interna à adesão do partido ao Movimento Mato Grosso Muito Mais (PDT, PSB, PPS, PV, PSDB, DEM e PTB) -, o socialista pediu que os republicanos acelerem a decisão sobre em qual palanque estarão na eleição de outubro.
A intenção do prefeito seria de ter uma resposta até o final do mês, quando deve ser oficializada a pré-candidatura de Taques. O principal entrave para atrair os republicanos seria a quantidade de cargos que seus deputados têm indicados no governo Silval Barbosa (PMDB). Isso porque alguns partidos do grupo do senador cobram que o PR abra mão destes postos para, só então, caminhar com a oposição.
Entre os republicanos que Taques já teria conquistado está o presidente estadual da legenda, deputado federal Wellington Fagundes. Ele quer ser candidato ao Senado e, no grupo do senador, teria espaço garantido para isso. Taques também contava com a simpatia da principal liderança republicana no Estado, o senador Blairo Maggi. Este, no entanto, já garantiu total apoio á reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que não deve estar no palanque do pedetista.
BRIGA INTERNA
A situação do PR é uma das mais embaraçadas entre os partidos que participarão do pleito deste ano, até o momento. Isso porque, em setembro do ano passado, a legenda lançou a pré-candidatura do ex-prefeito de Água Boa Maurício Tonhá, o Maurição, ao governo do Estado.
No fim do ano, no entanto, o suplente de senador José Aparecido dos Santos, o Cidinho (PR), também começou a trabalhar por uma candidatura ao Paiaguás.
O projeto foi inicialmente rechaçado pela legenda, mas, aparentemente, ganhou adeptos como prefeitos do interior e produtores rurais. A cúpula da legenda decidiu, então, incluir o nome de Cidinho na pesquisa de intenção de voto encomendada pelos partidos da base governista.