Taques, Fávaro e Jaime: chapa da oposição mantem coerência no discurso

Em reunião na noite hoje, o grupo Mato Grosso Mais decidiu, por unanimidade, não aceitar a presença do Partido da República no grupo que apoiará a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado. O encontro foi realizado no apartamento do parlamentar pedetista com a presença de líderes do PDT, PSDB, DEM, SDD, PRP, PSC, PSB, PV e PPS.

Durante a reunião o grupo chegou a conclusão de que a presença dos republicanos no movimento poderia acabar com a coerência do discurso de oposição aos governos estadual e federal. O PR faz parte das gestões da presidente Dilma Roussef (PT) e do governador Silval Barbosa (PMDB) há 12 anos ocupando cargos estratégicos.

O PR pretendia indicar o deputado federal Wellinton Fagundes (PR) como candidato a senador na composição. No entanto, diante do veto aos repubicanos, o senador Jaime Campos (DEM) foi praticamente homologado a reeleição pela coligação.

Já o candidato a vice-governador na chapa de Pedro Taques será definido mais a frente e a tendência é que seja uma indicação do Partido Progressista. Os dois nomes mais contados são dos empesários do agronegócio Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), e Eraí Maggi, primo do senador Blairo Maggi (PR), que já anunciou que não disputará o palácio Paiaguás.

Com a "porta na cara" levada, o PR vai se manter na base aliada. Wellinton Fagundes deve ser candidato a senador tendo um candidato ao Governo ainda a ser definido, sendo que hoje são pré-candidatos o ex-vereador Lúdio Cabral (PT), ex-juiz federal Julier Sebastião Silva (PMDB) e o vice-governador Chico Daltro (PSD).

AUSÊNCIA DE MAURO

Apesar de ser um dos principais líderes da oposição, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) não participou da reunião. Ele era o principal defensor da inclusão dos repubicanos dentro dos oposicionistas.

Já prevendo o resultado do encontro, o prefeito socialista não foi ao encontro e nem deu explicações de sua ausência. Existe até mesmo a possibilidade dele romper com Pedro Taques, já que há dois meses ele foi autorizado a buscar o PR para o grupo.