O palco indefinido sobre quem será o candidato de consenso da base governista, promove novas articulações entre o PR e o PP, numa tática amarrada entre líderes das referidas legendas, nos últimos dias, para compor com o bloco da oposição, liderado pelo senador e pré-candidato ao comando do Estado, senador Pedro Taques (PDT). Ontem, o assunto foi analisado por membros das cúpulas republicana e progressista, ganhando peso com o possível reforço do senador Blairo Maggi (PR).
Fonte do Partido da República garante que o primeiro suplente, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, teria desistido de disponibilizar seu nome para a cabeça de chapa majoritária, o que projeta em Maggi a reavaliação sobre quem contará com seu aval para as eleições de 2014. Na segunda-feira (10), Maggi limitou-se a reafirmar que “não tem nenhuma chance de eu ser candidato e no momento certo vou analisar quem poderemos apoiar porque o quadro ainda está indefinido”.
O senador se licencia na próxima quinta-feira, dando lugar a Cidinho no Senado. No Estado, Maggi deverá dar início às discussões internas na próxima semana.
Ele aguarda do partido um desfecho sobre o projeto para o pleito, considerando ser do deputado federal e presidente esta-dual, Wellington Fagundes, a prerrogativa para tentar construir sua candidatura ao Senado. O PP, presidido pelo deputado Ezequiel Fonseca, ainda não sinaliza apoio para “A” ou “B”, situação ou oposição.
Mas está na espreita aguardando as movimentações do grupo governista. A seara negativa de falta de definição consensual do candidato da base, para líderes do PP, teria sido piorada com o imbróglio do PT, sem acordo entre os nomes do ex-vereador Lúdio Cabral e do juiz federal (ainda não filiado aos quadros da agremiação), Julier Sebastião da Silva.Para um membro da direção estadual do PP, nesse contexto, uma aliança entre o PR e o PP, junto ao PDT de Taques, “poderá fechar a porteira”, como resumiu a fonte progressista ao destacar a força do aval de Maggi para Taques que poderia decidir o pleito geral. Para que essa disposição de entendimentos dê certo, seria necessário o senador Pedro Taques mudar de discurso.
É que Maggi só concordaria em respaldar Taques se o palanque do PDT em Mato Grosso se alinhasse aos planos do PT nacional, de reeleger a presidente Dilma Rousseff. A “proposta” do PR e do PP, por outro lado, também provocaria grandes mudanças no atual bloco da oposição ligado a Taques, leia-se a participação do PSDB do deputado Nilson Leitão e do DEM do senador Jayme Campos.
Além da oposição do PT, Jayme tem seu nome posto na legenda para a disputa à reeleição. A aproximação com o PR, desde agora, é vista com insatisfação no Democratas, já que republicanos poderiam condicionar o projeto ao Senado de Fagundes para selar o apoio ao PDT.
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Terça-Feira, 11 de Março de 2014, 09h10