O senador de Mato Grosso, Jayme Campos (DEM) foi escolhido como um dos membros suplentes na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a Petrobras no Senado. A escolha e anuncio sobre a composição foi feita na tarde desta terça-feira (13) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Foram escolhidos como membros titulares os senadores de Goiás Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder Morais (DEM).

A CPI tem como meta investigar escândalos relacionados à estatal brasileira, como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. À época ela valia US$ 55 milhões e foi comprada por R$ 1,3 bilhão com dinheiro brasileiro.

Na suplência, ao jado de Jayme, foi indicado também o nome de Vicentinho Alves (SDD-TO). O prazo para que os líderes indicassem integrantes da CPI do Senado terminou na semana passada. O presidente do Senado teve que indicar os integrantes da Comissão na cota da oposição porque os oposicionistas se recusaram a escalar seus representantes. Isso porque eles faziam pressão pela instalação da CPI mista para investigar a estatal com a participação dos deputados, mas não obtiveram êxito.

Renan, ao indicar os nomes, atendeu às demandas do Palácio do Planalto, que tem preferência pela instalação da CPI exclusiva do Senado, onde a base aliada mais fiel proporciona um clima menos adverso durante as investigações. “As bancadas que não indicaram seus integrantes são as mesmas que ingressaram na Justiça para que a investigação ocorresse. Por isso e para que não haja suposições sobre a celeridade das investigações, vejo-me obrigado a indicar os membros da CPI”, disse ele em plenário.

Superada a fase de indicação de nomes, o membro mais velho da CPI, senador João Alberto (PMDB-MA), pode convocar a primeira reunião, onde serão eleitos o presidente e o relator. A expectativa é que isso ocorra nesta quarta-feira (14).

Líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP) confirmou preferência da oposição pela CPI mista “Não indiquei por estar fazendo corpo mole. Inclusive essa CPI só existiu porque nós da oposição lutamos por ela. Mas porque, tendo conseguido superar as barreiras que o governo colocou, obtivemos um número avassalador de deputados e, por essa razão, queremos que funcione efetivamente a CPI mista”, destacou. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (DEM-RN) complementou a fala de Aloysio. “Meu partido tem decisão formada e não vai gastar energia nenhuma com a comissão do Senado”.