Política Terça-Feira, 06 de Julho de 2021, 14h:10 | Atualizado:

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MORDIDINHA

Juiz mantém ação contra ex-vereador por acusar fiscais de cobrar propina em Cuiabá

Abílio Júnior alega que sindicato tenta criar factoide eleitoral

Da Redação

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O ex-vereador de Cuiabá, Abílio Júnior, contestou uma ação com pedido de indenização por danos morais ingressada pelo Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Município de Cuiabá (SINDASFIMC). O grupo de servidores foi alvo de acusações de corrupção do ex-membro da Câmara de Vereadores da Capital, que afirmou que eles exigem “propina”.

O Sindicato pede o pagamento de R$ 50 mil. A defesa de Abílio Júnior alega que a ação ingressada pelo Sindicato se “traduz por uso sindical e do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso para criar factoide e retaliação política em período eleitoral”.

Num debate ocorrido durante a campanha eleitoral de 2020 à prefeitura de Cuiabá, o então candidato à prefeitura, Abílio Júnior, disse que os fiscais municipais “mordem um dinheirinho”. “Chega de analistas pegando projeto, ficar respondendo que tem defeito. Você arruma, [aparece] outro defeito. Você arruma, [aparece] outro defeito” [...] para fiscal ir na obra depois morder um dinheirinho seu, na sexta-feira a tarde dizendo que precisa de um recurso”, afirmou na ocasião.

Abílio Júnior foi adversário do prefeito reeleito de Cuiabá em 2020, Emanuel Pinheiro (MDB), e a campanha eleitoral do ano passado se traduziu em momentos tensos de disputa entre os dois grupos políticos. Na avaliação do ex-candidato, suas falas sobre os servidores da área de fiscalização foram apenas “opiniões”. Para Abílio, numa análise ampla, “e não da simples remoção distorcida de parte da fala do requerente em relação ao contexto ao qual se referia quando respondeu a pergunta, é cristalino que, na íntegra, o requerido opinou sobre o clamor social em relação ao burocrático procedimento de expedição de alvarás de obras municipais”.

O ex-candidato ainda aproveitou para criticar o sindicato e o prefeito Emanuel Pinheiro, dizendo que o pedido de indenização é, na verdade, uma “moeda de troca”. “É nítido que este importante instrumento processual que é a Ação Civil Pública (Class Action) proposta por sindicato classista se tornou oportuna moeda de troca, ou, prova de deferência da cúpula sindical da autora ao então candidato à reeleição, Emanuel Pinheiro”, diz a defesa de Abílio. A Justiça ainda não proferiu uma decisão sobre o caso.

Abílio Júnior obteve 48,85% dos votos no segundo turno do pleito de 2020, o que equivale a 129.777 votos.





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