A juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 39ª Zona Eleitoral, deferiu o registro de candidatura de Daiely Cristina (PT), substituta da candidata Edna Sampaio (PT) que foi cassada sob acusação de ter operado um esquema de rachadinha na Câmara Municipal de Cuiabá com sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu. A ativista poderá usar o nome "EDNA SAMPAIO 3PRETAS DAY NEUSA", mesmo com o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) contrário. 

O MPE sustentou por ter sido mantido o nome e o número para urna da candidata substituída, o eleitor seria induzido a erro no momento da votação e requereu a retificação do nome para urna sob pena de, não o fazendo, ter o requerimento indeferido. A petista apresentou contestação defendendo a legalidade do nome para urna indicado como medida alternativa, alteração do nome.

Contudo, ao analisar o caso a magistrada pontuou que todo o trabalho de preparação das urnas já foi realizado, tornando a alteração proposta de alto risco para a realização segura do pleito. Isto porque, para alterar a ordem dos nomes apresentados, de "EDNA SAMPAIO 3PRETAS DAY NEUSA" para "DAY EDNA SAMPAIO NEUSA 3PRETAS", haveria necessidade de se refazer todos os procedimentos de importação de informações de candidatos e eleitores, geração de mídias, carga e lacração de todas as urnas da capital, as quais já se encontram preparadas para a eleição. 

Diante disso, julgou improcedente a ação do MPE. "Ante o exposto, julgo improcedente a Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura e defiro o pedido de registro de candidatura de Daiely Cristina Gomes de Almeida para concorrer ao cargo de Vereador, sob o número 13131, com a seguinte opção de nome: EDNA SAMPAIO 3PRETAS DAY NEUSA", homologou.

CASSAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO - Edna Sampaio perdeu o mandato em junho deste ano sob acusação de ter operado um esquema de rachadinha na Câmara Municipal de Cuiabá, envolvendo a verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete Laura Natasha Abreu. 

Cassada e com os direitos políticos suspensos por oito anos, Edna Sampaio tentou disputar a eleição com uma candidatura 'compartilhada' com sua assessora Neusa Batista e a ativista Daiely Cristina autointitulada '3 Pretas'.  No entanto, teve seu pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral e decidiu colocar Daiely como 'cabeça' no registro eleitoral. Ela afirma que caso a ativista for eleita, o mandato será "coletivo".