Política Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015, 20h:00 | Atualizado:

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VÍDEO CLANDESTINO

Justiça nega prisão de vereador em MT suspeito de oferecer lote

 

KELLY MARTINS
G1

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A juíza Aline Viana Quinto, da Comarca de Primavera do Leste, cidade a 239 km de Cuiabá, negou o pedido de prisão temporária ao vereador Manoel Messias Nogueira (PSD), conhecido na região como Messias Di Caprio. A prisão foi requerida pela Polícia Civil, que investiga o envolvimento do parlamentar em um esquema na Câmara Municipal para beneficiar um empresário do ramo imobiliário.

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda-feira (10) na residência dele e em seu gabinete na Câmara de Vereadores. Em um vídeo divulgado pela Polícia Civil, Messias Di Caprio está reunido no gabinete com um ex-vereador tentando negociar e combinar voto para aprovar um projeto de lei da Prefeitura Municipal. Ele nega as acusações.

A suposta negociação teria ocorrido em 2008, quando Di Caprio teria se reunido com o ex-vereador Valmir Zélis, que à época exercia o mandato, e tentou trocar o voto dele para aprovar o projeto de lei em troca de um lote, avaliado em R$ 70 mil. No momento, Zélis diz que precisa "amadurecer a idéia" e conversar com a esposa sobre a proposta. Ele e Messias aparecem fazendo uma oração após a reunião para discutir a proposta.

Nas imagens gravadas pelo próprio vereador Messias Di Caprio, ele e o outro dão as mãos e oram pedindo bençãos. Messias teria mantido a conversa em nome do empresário, com intuito de promover uma composição na Câmara pela aprovação, oferecendo ao então vereador Zélis o lote.

A defesa do parlamentar informou que ele está em Goiânia para tratamento médico e que irá retornar para Mato Grosso no dia 17. Também disse que o vereador deverá comparecer à delegacia de Primavera do Leste na próxima semana para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Zélis disse ainda que Messias teria usado o vídeo para o ameaçar, caso não votasse a favor do projeto. Entretanto, preferiu não procurar a polícia, segundo ele. O projeto foi reprovado em Plenário e o ex-vereador contou que no dia da votação se absteve do voto. “Eu tenho minha mente tranquila. Não aceitei nada, não me envolvi em nada e dei todas as explicações para a polícia. Estou disposto a colaborar no que for preciso”, concluiu.

O delegado Adriano Alencar, responsável pelo inquérito aberto para apurar o caso, disse que a investigação iniciou há três meses e surgiu depois de denúncias em redes sociais sobre o suposto esquema e feitas por um ex-assessor parlamentar de Di Caprio. Ele trabalhou por seis anos no gabinete e também denunciou outras infrações graves, como uso indevido de verba, de carro oficial e justificação infundada para ausência a sessões no plenário.

A ação tem como parte da operação Karcharias, lançada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) contra crimes na administração pública. Durante o cumprimentos dos dois mandados foram apreendidos computadores, pendrives, documentos, DVDs, além de um óculos com uma microcâmera instala na parte interna. Os materiais foram encaminhados para a delegacia. O delegado relatou que três pessoas já foram ouvidas e que apura diversas informações sobre o fato.





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