O líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Dilmar Dal Bosco (União) voltou a se manifestar contrário à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo dos consignados que lesaram milhares de servidores públicos do Estado.
Questionado sobre a possibilidade de se abrir a investigação por conta do pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que a PF entre no caso, Dal Bosco disse desconhecer o novo inquérito, mas que o caso já está sendo investigado fora do parlamento.
“Eu não sei se a Polícia Federal vai investigar, até porque a Polícia Civil está investigando, o Tribunal de Contas, todo mundo tá acompanhando. Eu não tenho problema nenhum, acho que tem que ser investigado”, disse. Segundo ele, sua defesa contra a CPI é para evitar que o parlamento produza um documento em que os órgãos de fiscalização já têm as informações.
“Nós vamos produzir aqui dentro da Assembleia Legislativa, vamos pegar o que tem apurado pelo Tribunal de Contas, pela Polícia Civil. Nós vamos pedir esses dados para nós e vamos fazer uma investigação que já foi feito pela polícia. Fazer um relatório e entregar para quem? Se para os órgãos que competem, que é a Polícia Civil, o Ministério Público, o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas, nós vamos fazer um relatório para entregar para eles do que eles já têm de informações. Então, eu não vejo que ela contribui com alguma coisa nesse momento. Isso que eu falei no colégio de liderança”, completou.
Atualmente na Assembleia existem dois requerimentos para abertura de uma CPI para investigar os consignados. Um do deputado Gilberto Cattani (PL) e outro do deputado federal Henrique Lopes (PT). Ambas têm 4 assinaturas Casa.
Na última semana o governo Mauro Mendes (União) tem intensificado as articulações dentro da Assembleia para evitar que mais deputados assinem o requerimento da CPI, que poderia desgastar o governo.
maria madalena
Terça-Feira, 17 de Junho de 2025, 15h55Roberto da Silva
Terça-Feira, 17 de Junho de 2025, 15h21