O senador Blairo Maggi (PR) negou que a sua decisão de não concorrer ao governo do Estado nas eleições de outubro esteja vinculado a sua preocupação com as finanças públicas.
Nos bastidores, se comentava que o volume de empréstimos contraídos na gestão do governador Silval Barbosa (PMDB) inviabilizaria investimentos futuros para Mato Grosso. Esse discurso é adotado principalmente pelos partidos da oposição que apóiam o projeto político de eleger o senador Pedro Taques (PDT) governador de Mato Grosso.
No entanto, Maggi refuta essas críticas e cita dados para negar qualquer possibilidade de crise financeira em Mato Grosso. “Conheço a realidade dos números macros e tenho a convicção de que o próximo governador vai estar em melhores condições do que o governador Silval Barbosa”, disse.
Na visão de Blairo Maggi, o Estado avançou expressivamente na arrecadação financeira ao longo dos últimos anos, o que permite pagar com tranqüilidade os empréstimos contraídos pela atual gestão estadual.
“Em 2003, o orçamento do Estado estava avaliado em R$ 2 bilhões enquanto nós devíamos R$ 5 bilhões. Ou seja, precisávamos de dois orçamentos e meio. Hoje, contraímos empréstimos de R$ 8 bilhões prazo de 30 anos para pagar e com orçamento anual avaliado em, no mínimo, R$ 12 bilhões. Em 2003, o PIB (Produto Interno Bruto) atingia R$ 3 bilhões e agora está em R$ 12 bilhões. Portanto, não há quebradeira alguma em Mato Grosso”.
Maggi ainda ressaltou que o equilíbrio das finanças de Mato Grosso pode ser revelado pelos empréstimos autorizados pelo governo federal nos últimos anos. “A Secretaria do Tesouro Nacional é extremamente rígida para liberar financiamento. Se não houvesse garantia de pagamento, não teria como contrair empréstimo algum”.
O republicano ainda observou que projetos estratégicos da gestão Silval Barbosa como o MT Integrado, que prevê interligar 44 municípios com pavimentação asfáltica, deverá ser concluído em sua totalidade pelo próximo governador de Mato Grosso.
“Por conta do volume de burocracias, 2/3 do MT Integrado não ficará pronto, mas está contratado para o outro governador assumir o pacote de obras. O governante deve ter o compromisso de deixar a gestão melhor porque a economia cresce anualmente e beneficiar ainda mais a população que paga seus impostos”, completa.
ANTONIO COSTA
Segunda-Feira, 05 de Maio de 2014, 08h08