Mauro libera Campos; garante apoio a Pivetta e mantém suspense sobre Senado

 

Uma reunião a portas fechadas na sede do Governo do Estado na noite desta segunda-feira (14) serviu para apaziguar o grupo liderado pelo sendor Jayme Campos dentro do União Brasil, partido comandado pelo governador Mauro Mendes, após a insatisfação do apoio dado pelo gestor ao vice dele, Otaviano Pivetta (Republicanos), rumo ao Palácio Paiaguás em 2026.

O senador e aliados foram convocados depois do desconforto causado pela ausência do congressista em um jantar que reforçou a pré-candidatura de Pivetta ao Governo, com o apoio de Blairo Maggi, Eraí Maggi e do próprio Mauro. Estiveram presentes os deputados estaduais Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco e Júlio Campos, além do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. 

Em entrevista ao programa Resumo do Dia, Botelho comentou que Mauro liberou Jayme para trabalhar o que quiser ser no União - governador ou senador - e que o apoio dele a Pivetta é pessoal e não partidário. “O apoio pessoal dele sim, mas partidário não. O partido, ele deixou para o partido decidir. O partido que vai decidir, vai fazer as reuniões e evidentemente vai definir o rumo que o partido vai tomar lá na frente”, afirmou.

Disse ainda que agora o foco são as candidaturas proporcionais. “O partido vai ter essa liberdade. O partido tem a decisão que vai ser tomada lá na frente. Não é agora, nós vamos primeiro trabalhar no alicerce do partido, que são as candidaturas a deputados atual e federal”, enfatizou. 

Questionado se Mauro deixará o Governo para ser candidato a senador em abril de 2026, Botelho desconversou. “Acho que ele deve definir isso nos próximos três, quatro ou cinco meses. Ele ainda não sinalizou se sai do Governo, mas ele vai decidir isso aí neste ano. Ainda não está bem definido o prazo para isso. O importante agora é nós trabalharmos unidos nessa construção”, finalizou Botelho.

JANTAR

O anúncio foi feito na última semana num jantar oferecido pelos Maggi em uma chácara de Cuiabá. Participaram do encontro, além de Pivetta, o governador Mauro Mendes, o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, além do presidente da ALMT, Max Russi (PSB), Fábio Garcia (UB), além de parlamentares do Republicanos.