MCCE denuncia Éder Moraes por propaganda ilegal

Ex-secretário foi denunciado por propaganda extemporânea

O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) ingressou  com representação na Justiça Eleitoral e Ministério Público Estadual  contra o ex-secretário de Estado de Fazenda, chefe da Casa Civil e ex-secretário da Copa do Mundo, Eder Moraes (PMDB), por suspeita de propaganda extemporânea.

O peemedebista apresenta o programa de TV , “Eder Moraes -  Fatos e Versões”, exibido nos canais 47,27 e 8 no período noturno. Conforme o presidente do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, popularmente conhecido como Ceará,  Eder Moraes é pré-candidato a deputado estadual e tem explorado o espaço no veículo de comunicação para fazer propaganda antecipada.

“Estão sendo espalhados na cidade outdoors com nome e marca, além de colocar equipe nos bairros distribuindo panfletos de seu programa televisivo”, afirma Ceará.

Por outro lado, Eder Moraes, se diz amparado pela Justiça e afirma que tem agido dentro da legalidade. Na linha de ataque, Eder Moraes criticou o MCCE, alegando que se ataca alguns políticos e se calam em relação a outros e insinuou parcialidade por parte de Ceará e certo interesse polítco. “O MCCE, através do vulgo Ceara, é um movimento parcial, mal intencionado, ladrão de consciência alheia, sobretudo com voracidade sobre algumas figuras políticas e letargia inércia sobre outras. O MCCE faz ouvidos moucos e boca cerrada sobre muitos assuntos que eles deveriam realmente representar contra”, disparou Eder.

O MCCE garante que levará a situação ao grupo integrado, criado pelo TRE, com entidades como MPE, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso, Polícia Federal (PF) e a ONG Moral, com intuito de fiscalizar os pré-candidatos para que este tipo de situação não ocorra. Ceará afirma que as atitudes de Eder caracterizam campanha extemporânea.

“Ele fez uma campanha massiva colocando o programa dele em outdoors, além de espalhar panfletos em vários bairros da cidade, com sua logomarca e massificando seu nome. Entendemos que isso é campanha extemporânea. Todos os anos, candidatos usam de artifícios, pois essa é uma forma estimulada de facilitar o nome dele e a marca. Criam programas massificam seus nomes, como forma de ludibriar a Justiça”, disparou.

Eder Moraes rebate e sustenta que outros programas de televisão também usam do mesmo artifício como forma de divulgação e que tal ação não caracteriza irregularidade. Eder criticou ainda que há pré-candidatos que estão fazendo campanha pelo interior do estado e citou o senador Pedro Taques (PDT). Ele questionou porque o MCCE não aciona o pedetista, uma vez que o mesmo, segundo ele, está usando das mídias sociais para autopromoção.

“Eu estou apenas convidando a população para assistir ao programa, isso não é campanha. Pedro Taques está em plena campanha eleitoral. Ele viaja todo o estado, faz reuniões com as comunidades, com políticos da região em que visita e ainda divulga as fotos nas redes sociais. Há outros pré-candidatos que estão fazendo isso também. O Lúdio Cabral (PT), por exemplo, também já está viajando o interior, levando seu nome como pré-candidato, discutindo até vice já. Todos estão fazendo reuniões políticas e amarrações. Isso não é campanha extemporânea aos olhos do MCCE. O que é no míniumo estranho”, questionou.