Gilberto Leite
Entre as empresas alvos da Operação Gerion – 16ª fase da Operação Ararath –, deflagrada no dia 17 de junho, está um motel localizado no bairro Santa Cruz, em Cuiabá, uma empresa de fomento mercantil (factoring), uma construtora e incorporadora e um escritório de advocacia. Ao todo, foram expedidos pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 18 mandados de busca e apreensão, sendo 8 contra empresas, 8 contra pessoas físicas, além de 2 fazendas (veja abaixo todos os alvos).
Essas empresas citadas acima ainda eram desconhecidas. Outros alvos, como o Alphaville Buffet, já haviam sido divulgados no dia da operação.
Os mandados contra os conselheiros José Carlos Novelli, Waldir Teis e Sérgio Ricardo também eram de conhecimento desde o dia da operação. As medidas executadas têm ligação com investigação iniciada no Supremo Tribunal Federal (STF), que versa sobre desvios ocorridos entre 2012 e 2018. Cinco conselheiros do Tribunal de Constas (TCE), que estão afastados por decisão judicial, são alvos nessa etapa. José Carlos Novelli, Antônio Joaquim, Waldir Teis, Walter Albano e Sérgio Ricardo estão afastados desde setembro de 2017 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A nova fase da operação foi deflagrada após a compilação de informações fornecidas em acordos de colaboração premiada firmados entre o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário Pedro Nadaf e o Ministério Público Federal (MPF). Segundo as delações, Silval pagou R$ 53 milhões aos conselheiros que, em contrapartida, deveriam aprovar as contas da gestão e não apresentar obstáculos ao andamento de projetos e obras do Executivo estadual, sobretudo voltados para os preparativos para a Copa do Mundo de 2014.
Diante do surgimentos de novas denúncias e desdobramentos oriundos da Operação Ararath, o caso, que tinha como relator na Suprema Corte o ministro Luiz Fux, foi desmembrado. Em decorrência de foro especial por prerrogativa de função, a parte relacionada aos conselheiros passou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça.
As investigações preliminares apontam que os conselheiros se utilizavam de empresas e pessoas físicas para esconder o recebimento das vantagens indevidas. Estão sendo apuradas as práticas dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Heraldo
Terça-Feira, 30 de Junho de 2020, 06h20Djuca Palet?
Segunda-Feira, 29 de Junho de 2020, 19h23Cl?udia de Medeiros
Segunda-Feira, 29 de Junho de 2020, 18h45