O procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, titular da Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente participou, na noite segunda-feira (31), de uma sessão solene realizada pela Câmara Municipal de Cuiabá em homenagem Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara).
Em seu discurso, o procurador lembrou que poucas pessoas ainda se propõem realmente a adoção. “Nós somos milhões e milhões de pessoas neste país, mas pouquíssimas querem adotar. A preferência ainda é por ‘bebês’ e se possível ‘brancas’! Adotar é uma palavra que, segundo o Direito Civil, seria você receber como seu aquilo que não lhe foi dado naturalmente. Numa visão filosófica, numa visão antropológica adoção significa você realmente receber o outro como um igual, como um semelhante e amá-lo em toda a sua intensidade. Nos momentos bons e nos momentos difíceis”, declarou.
O procurador de Justiça Paulo Prado destacou a importância do trabalho realizado pela Ampara. Ele lembrou ainda que as famílias precisam ser preparadas e que a legislação garante à criança e ao adolescente o direito de saber que é adotada. “Em um determinado momento você vai ter que falar com essa criança que ela é sua filha e como aconteceu essa filiação. E quantos bebês são adotados sem ter os 12 anos de idade, pois nessa idade a lei exige que o adolescente tenha conhecimento da adoção e autorize sua concretização. E será que contam? Como contam? De que maneira falam? Por isso é importante o trabalho que a Ampara faz a respeito desse esclarecimento, dessa orientação”, destacou.