A recente declaração do senador Blairo Maggi (PR) de reafirmar que não dis-putará o governo do Estado na eleição deste ano não demoveu os aliados, correligionários e amigos mais próximos, que continuam insistindo em uma nova pré-candidatura do republicano ao Palácio Paiaguás. Ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e também militante do PTB, Luiz Antonio Pagot - um dos mais próximos politicamente do senador- afirmou:“não estamos convencidos da posição de Blairo de não participar deste processo eleitoral”.
A declaração de Pagot mostra que as indefinições políticas dos simpatizantes do retorno de Maggi à disputa política eleitoral pode protelar o processo de composições partidárias até minutos antes das convenções em junho próximo. O PTB, por exemplo, que tem uma tendência de apoiar o pré-candidato da oposição, senador Pedro Taques (PDT), não se posiciona oficialmente.
Pagot ainda adianta que a sigla não deve fechar aliança neste momento. "Ele (Blairo) é um líder político importante para o Estado e para o país", disse Pagot ao se referir as indefinições políticas que são enfrentadas no cenário eleitoral em Mato Grosso.
Apesar de o PTB ter uma maior afinidade com o discurso da oposição, a agremiação não bateu o martelo para fechar a aliança e espera avanços nas conversas. Segundo Pagot, as discussões com outros partidos vão continuar. "Agora temos uma configuração diferente", acrescenta.
Licenciado do Senado, Maggi está em viagem para o exterior e só volta para Mato Grosso no final deste mês. Após Maggi vir a público declarar, mais uma vez, que não será candidato, o PR está dividido entre seguir com o grupo governista ou se aliar a oposição.
Mas, internamente no partido, há quem aposte que o senador possa rever o seu posicionamento. Também comunga deste pensamento parte do bloco da situação.
Assim, como o petebista, o correligionário do senador, o deputado estadual Wagner Ramos prefere pessoalmente apostar numa eventual disputa eleitoral com Maggi no cenário eleitoral. "A minha preferência é que Maggi dispute o governo’, insiste o deputado.
Ainda por conta da esperança de o senador licenciado ser demovido da posição de não disputar o governo de Mato Grosso, há quem defenda internamente na sigla que qualquer decisão só ocorra após o retorno de Blairo, que já foi governador do Estado por dois mandatos consecutivos.
Fran.Co
Sexta-Feira, 09 de Maio de 2014, 10h04