Panfletos acusam Taques de pedofilia e vice de uso de drogas

 

A última semana da campanha eleitoral em Mato Grosso começa num nível de baixaria jamais visto na história. Na manhã desta segunda-feira, milhares de panfletos apócrifos tomaram conta das ruas e avenidas das principais cidades com denúncias gravíssimas contra o candidato ao Governo, senador Pedro Taques (PDT), e ao vice, o produtor rural Carlos Fávaro (PP).

Com o título "bomba", o impresso acusa o senador pedetista de pedofilia. O material detalha a existência na internet de um suposto vídeo do senador pedetista em uma piscina com uma criança de 10 anos.

No entanto, quando se coloca o link disponibilizado no panfleto, o site Youtube informa como vídeo inexistente. "No vídeo, Pedro Taques faz brincadeiras e passa as mãos nas partes íntimas da criança. Taques aparenta estar alcoolizado e por várias vezes tenta agarrar e beijar a criança", diz o impresso em preto e branco, que afirma ainda "Pense bem antes de votar: Mato Grosso não pode cair nas mãos dessa gente".

Os panfletos sem assinatura ainda denunciam um suposto namoro do senador pedetista com um jovem de 19 anos, que reside em São Paulo. "Tiago diz que Pedro acabou o relacionamento por causa da campanha ao Governo. O relacionamento durou três anos e Tiago diz que Pedro não atende mais suas ligações e parou de pagar o aluguel do apartamento onde mora há um ano na avenida Paulista", explica.

O mesmo impresso ainda acusa o senador pedetista de ser a favor do casamento homoafetivo. "Atenção famílias matogrossenses! Taques também declarou ser a favor do casamento gay. Ele disse: Não tenho nada contra o casamento de pessoas do mesmo sexo", assinala.

Já o candidato a vice, Carlos Fávaro é acusado de racismo e consumo de drogas. "Carlos Fávaro foi denunciado por um ex-funcionário na cidade de Lucas do Rio Verde por racismo e o mesmo declarou que seu ex-patrão foi viciado em cocaína", assegura.

MEDIDAS JUDICIAIS

O coordenador jurídico da coligação "Coragem e Atitude para Mudar", Paulo Taques, informou há pouco que já comunicou a Polícia Federal para apurar os responsáveis pela confecção e distribuição dos panfletos. "Mais rápido do que se espera iremos provar quem são os responsáveis por esta prática que atinge a sociedade de Mato Grosso", limitou-se a informar o advogado.