Política Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024, 18h:21 | Atualizado:

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VETO À CARNE

"Parece ação orquestrada", diz ministro a veto do Carrefour à carne do Mercosul

 

ALLAN MESQUITA
Gazeta Digital

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), classificou como uma “ação orquestrada” a decisão da rede Carrefour de não vender mais carnes produzidas por países do Mercosul na França. A restrição aplicada ao Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai ocorre em meio à onda de protestos de agricultores franceses contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o bloco da América do Sul.

“Me parece uma ação orquestrada de companhias francesas. Não pode achar que é coincidência. Há 15 dias, foi a Danone que fez. E agora o Carrefour. Apontando de forma inverídica as condições de produção brasileiras, para ferir a soberania brasileira e afetando nossa produção, que é sustentável", disse Fávaro.
O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul é uma proposta que pretende facilitar o comércio entre os países membros dos dois blocos. Na prática, o acordo prevê a redução de tarifas de importação e exportação entre eles, o que significa que produtos como alimentos, matérias-primas e bens industriais poderiam ser vendidos com mais facilidade e menores custos.

Em contrapartida, muitos agricultores franceses temem que o acordo leve a uma maior concorrência com produtos agrícolas do Mercosul (como carne, soja e outros), que podem ser mais baratos e ameaçar a competitividade dos produtos franceses. Além disso, há preocupações sobre os padrões de produção, já que o Mercosul tem normas ambientais e sanitárias diferentes das da União Europeia. Esses agricultores temem perder mercado para produtos importados, o que poderia afetar seus ganhos e até ameaçar seus empregos.

Diante da polêmica, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) enquanto entidade também rechaçou a decisão. A pasta ainda reiterou que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor.

“O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros. Mais uma vez, o Mapa reitera o compromisso da agropecuária brasileira com a qualidade, sanidade e sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil para contribuir com a segurança alimentar e nutricional de todo o mundo”, defendeu o ministério.





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Comentários (1)

  • Observador

    Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024, 21h21
  • Lamentável?. Com certeza quem vetou vai explicar seus motivos . Como se trata de uma empresa privada , tem livre arbítrio de comprar de quem quiser, né, mesmo? Sr Ministro, o senhor na suas empresas privadas não compra seus insumos de quem deseja? Igualmente os demais . Teremos dias mais difíceis no agro do que já estamos tendo durante estes dois últimos anos .
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