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A Polícia Federal suspeita que a empresa São Tadeu Energética, uma Pequena Central Hidrelétrica, de propriedade do empresário Mauro Carvalho, serviu como mera ponte de recursos para abastecer financeiramente o grupo político do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR). A empresa serviria como “laranja”para dissimular valores financeiros destinados a “esquemas espúrios da política mato-grossense”
Empresário do ramo de bebidas, Mauro Carvalho foi coordenador financeiro das três últimas campanhas eleitorais do atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), e mantém relações próximas com Maggi. Um documento apreendido no dia 21 de novembro de 2013, indicou que o empresário Junior Mendonça, a mando de Eder Moraes, efetuou depósito de R$ 388,5 mil para a São Tadeu Energética.
Trata-se de uma quantia financeira usada para quitar parte da dívida da São Tadeu Energética com o Bicbanco. A PF suspeita que Blairo Maggi seja o “devedor solidário” na operação.
Em uma tabela apreendida, desta vez na casa de Eder Moraes, é exposto o controle ilícito de atividades financeiras, e a São Tadeu Energia novamente aparece como beneficiária de recursos contraídos como resultados de simulacro de empréstimo na ordem de R$ 788 mil. É revelado ainda que Júnior Mendonça pagou uma pesquisa ao governador Silval Barbosa (PMDB) no valor de R$ 550 mil e ainda financiou a convenção do PMDB no valor de R$ 150 mil.
O juiz federal Jefferson Schneider observa fortes indícios de que a empresa São Tadeu Energética movimentou recursos financeiros de operação ilegal que se destinava ao grupo político do qual Eder Moraes coordenava financeiramente. Como beneficiários do dinheiro fraudulento se beneficiaram empresas de comunicação e autoridades políticas de Mato Grosso.
Otaviano Pereira
Domingo, 25 de Maio de 2014, 21h32