Pedido de vista apresentado pelo vereador Samir Katumata (PL), líder da prefeita Flávia Moretti na Câmara de Várzea Grande, adiou a votação do projeto de resolução que pretende proibir o uso de celulares para gravação durante as sessões legislativas. A sessão foi marcada por atrasos, discussões nos bastidores e clima de tensão entre os parlamentares.
A proposta polêmica, apresentada por um grupo de vereadores, trata da proibição do porte de armas no plenário, mas o que mais chama atenção é o artigo que veta o uso de dispositivos de gravação no plenário.
O texto estava pautado para a Ordem do Dia na sessão desta terça-feira (13). A reportagem do GD chegou à sede do Legislativo por volta das 7h, uma hora antes do horário previsto para o início da sessão, conforme o regimento interno, que é às 8h. No entanto, passados mais de 60 minutos, o plenário ainda permanecia vazio, com apenas assessores técnicos ajustando os equipamentos. Os trabalhos só começaram de fato por volta das 9h.
Antes das discussões, os vereadores ouviram o diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), coronel Zilmar Dias, que apresentou ações do órgão para enfrentar a crise no abastecimento de água na cidade.
Quando a matéria foi colocada em pauta, o presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB), suspendeu a sessão por 5 minutos.
O vereador Caio Cordeiro (PL) tentou convencer os colegas a não aprovarem a proposta, e os vereadores chegaram a formar um círculo no centro do plenário para debater o tema. Houve bate-boca entre alguns parlamentares nesse momento.
Enquanto o foco estava na discussão sobre a restrição do uso de celulares, outras pautas relevantes aguardavam deliberação, como a reposição salarial dos servidores da Educação. Representantes da categoria ocuparam a galeria da Câmara e cobraram atenção dos vereadores.
“Estamos aqui fazendo pressão para que nossa pauta fosse inserida na Ordem do Dia, sendo que essa reposição salarial deveria ter sido feita a partir de janeiro”, protestou o presidente do Sintep de Várzea Grande.
Mesmo sem votação, o projeto continua em pauta e deve ser reapreciado após Samir devolver o texto ao plenário. Nos bastidores, a matéria segue dividindo opiniões entre os parlamentares.