O ex-procurador-geral de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, pediu para ser interrogado num processo que apura prejuízos aos cofres públicos da Capital de R$ 1 milhão no ano de 2018. Segundo informações de uma decisão publicada nesta segunda-feira (14), o ex-procurador não questionou uma perícia realizada nos autos para verificar as supostas irregularidades num contrato firmado entre a prefeitura de Cuiabá e a Alfema 2 Mercantil Cirúrgica.
Pôssas solicitou a produção de prova testemunhal, incluindo o seu próprio interrogatório. O juiz da Vara de Ações Coletivas do Tribunal de Justiça (TJMT), Bruno D’Oliveira Marques, solicitou que ele confirme sua intenção de prestar depoimento.
“A requerida Alfema Dois Mercantil, o demandado Luiz Antônio Possas de Carvalho e o Município de Cuiabá apresentaram manifestações, ocasião em que não impugnaram o referido laudo, limitando-se a afirmar que a prova pericial evidenciou a ausência de dano. Considerando que o demandado Luiz Antônio Possas de Carvalho por ocasião da especificação de provas postulou a produção de prova testemunhal e externou o desejo de ser interrogado, intime-se o requerido para que no prazo de 05 dias informe se persiste o interesse na produção da prova oral”, determinou o juiz. Segundo a denúncia, a Alfema 2 Mercantil Cirúrgica, que cobrava pouco mais de R$ 8,3 milhões da prefeitura de Cuiabá, fez um acordo por meio do então procurador-geral da Capital, Luiz Antônio Possas de Carvalho, recebendo R$ 7,9 milhão pelo débito.
As investigações apontam que o valor teria sido “superfaturado”, tendo em vista que a dívida seria menor. Um levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional do Ministério Público (Caop), com base nas informações do inquérito, apontou possíveis prejuízos aos cofres públicos da capital de R$ 1 milhão no acordo.
A denúncia também narra outras supostas irregularidades perpetradas no acordo, como a “cessão” (venda) de um título de crédito da Alfema 2 Mercantil Cirúrgica, de R$ 11,9 milhões, à Transportadora Crescente, pelo preço de R$ 2,8 milhões, poucos dias antes do negócio entre a procuradoria de Cuiabá e a empresa.
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Segunda-Feira, 14 de Abril de 2025, 13h13