A vereadora Edna Sampaio (PT) e o vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania) trocaram farpas na sessão da manhã desta terça-feira (19), na Câmara Municipal de Cuiabá. O motivo seria um pedido da petista para retirada do parlamentar da presidência da Comissão de Ética que investiga uma denúncia de rachadinha contra ela.

O embate se intensificou após a divulgação de um documento assinado onde a Comissão de Ética decreta a perda do mandato da petista. Edna Sampaio é investigada por, supostamente, ter se apropriado da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, o que se caracterizaria como uma espécie de ‘rachadinha’.

Edna apontou que a Comissão de Ética levou 61 dias para permitir o acesso dela aos autos, ressaltando uma declaração de Rodrigo Arruda e Sá, que afirmou que o depoimento das testemunhas não irá mudar o relatório. A parlamentar relatou que irá pedir o afastamento do vereador da presidência da investigação.

Segundo ela, o colega de Casa não tem isenção moral, além de condições técnicas e jurídicas para conduzir o processo. “A questão é que temos um presidente da Comissão de Ética que é declaradamente inimigo da vereadora Edna Sampaio, e que está presidindo o processo em cassação do meu mandato. É uma das coisas mais absurdas que já vi. A comissão encaminhou dois dias depois de notificar a defesa, o relatório já com a resolução para cassação, sem que sequer tivéssemos condições de se manifestar em relação a isso. Não posso admitir que tenha uma pessoa que não tem isenção para poder encaminhar os trabalhos e fazer a produção de provas”, afirmou.

O presidente da Comissão de Ética rebateu as acusações de Edna Sampaio, afirmando que não é inimigo político da petista. Ele destacou que a vereadora tem tempo para se defender e afirmou que quem irá cassar a parlamentar ou não é o plenário da Câmara Municipal de Cuiabá, e não os integrantes da comissão.

“A vereadora Edna está equivocada. Na verdade, ela pegou um documento que está até no processo, que é um relatório que diz pela perda do mandato. Tem aqui um projeto de resolução que encaminha ao plenário um decreto da perda do mandato. Com isso daí, vai para o para votar, foi só uma instrução da Comissão de Ética. Quem define a cassação não é o vereador Rodrigo Arruda e Sá, nem o vereador Kero Kero, Nem o Kássio Coelho, mas sim o plenário", disse.