A secretária-adjunta de Unidades Especializadas da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Caroline Dobes Conturbia Neves, é um dos alvos da Operação Panaceia, da Polícia Federal para investigar fraude em licitação e associação criminosa, que resultou no desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação policial foi deflagrada nesta sexta-feira (6) e cumpre 15 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária e do afastamento de Dobes de suas funções.
O diretor regional do Hospital de Cáceres, Onair Nogueira, também é alvo da medida. Também é cumprida uma ordem judicial para o bloqueio de R$ 5,5 milhões. Cerca de US$ 10 mil foram apreendidos em um dos locais alvos das buscas e apreensões.
Caroline Dobes já havia sido investigada na 1ª fase da Operação Espelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil, que apontou que empresas contratadas para fornecer médicos plantonistas para o Hospital Metropolitano em Várzea Grande, na especialidade de clínica, disponibilizaram um número inferior ao contratado. Na época, Dobes ocupava o cargo de secretária adjunta de Gestão na Secretaria de Estado de Saúde (SES). No entanto, a denúncia criminal contra ela, relativa à Operação Espelho, foi rejeitada e Caroline foi absolvida sumariamente.
Para o atual cargo, ela foi nomeada no dia 6 de junho deste ano e atualmente recebe um salário bruto de R$ 34,1 mil. O Ministério Público Estadual (MP-MT) chegou a denunciar Dobes com base nos fatos apresentados na Operação Espelho. Porém, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou um aditamento da denúncia. De acordo com essa decisão, não ficou comprovada a prática ilícita da servidora, nem que ela seria a suposta "Mulher da SES", apontada nos autos.
PANACEIA
Além da PF, as apurações contaram com a atuação da CGU, que promoveu auditoria e apontou irregularidades nas contratações realizadas para o Hospital Regional de Cáceres. Segundo as investigações, as fraudes tiveram início durante a pandemia de COVID-19, quando servidores públicos e agentes privados se associaram para direcionar recursos da saúde a um grupo fechado de empresas, cujos sócios possuem ligações entre si, prejudicando a participação de outros interessados.
Antes mesmo da assinatura dos contratos, a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) emitiu parecer alertando sobre as irregularidades aos servidores públicos envolvidos, mas as contratações prosseguiram normalmente.
A soma dos recursos federais destinados às empresas do grupo empresarial investigado totalizou cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024, com maior concentração no período da pandemia.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), o Hospital Regional de Cáceres atua como referência para 23 municípios, atendendo uma população de aproximadamente 400 mil habitantes.
Judith
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 20h05Citizenship
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 19h33NÃO DÁ MAIS!!
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 16h05Luís
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 14h56Márcia
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 12h32Zé Benedito
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 12h12vitor
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 11h22Mário Machado
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 11h09paulo diants
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 10h23muito louco
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 09h55O meu no seu
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 09h47Lindaura Lisboa
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 09h46Luis
Sexta-Feira, 06 de Dezembro de 2024, 09h22