Política Terça-Feira, 01 de Abril de 2014, 08h:38 | Atualizado:

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OPERAÇÃO FIDARE

PF tenta prender 60 por fraudes de R$ 2,5 mi na compra de remédios em MT

 

Da Redação

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Túlio Fontes e Antonia Eliene são levados a PF para prestarem esclarecimentos

Policiais federais cumprem 47 mandados de prisões preventivas e temporárias, além de 13 conduções coercitivas na manhã de hoje em decorrência da “Operação Fidare”. São cumpridos ainda mais 53 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Goiás. 

A base da Operação é a cidade de Cáceres, mas laboratórios de remédios do Estado de Goiás também são "visitados" pelos agentes federais. O objetivo da ação é combater desvios de recursos federais destinados a compra de medicamentos. 

Entre os que estão detidos para prestar esclarecimentos ao delegado da Polícia Federal, estão o ex-prefeito de Cáceres, Túlio Fontes (PSB), e a atual vice-prefeita, Antonia Eliene Liberato Dias (PSDB). Procuradores municipais, proprietários e representantes de grandes empresas do setor farmacêutico foram presos pela PF hoje e ainda não tiveram seus nomes divulgados.

Entre os presos, está a pregoeira da prefeitura de Cáceres, Kátia Faria da Silva, e o atual secretário de Finanças, Odiner Gonçalves de Sá.

A investigação apurou que o esquema criminoso era antigo. Dados ainda não confirmados apontam que as fraudes causaram prejuízos de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos nos últimos dois anos.

Empresários, em conluio com servidores e agentes públicos, entregavam produtos à Prefeitura de Cáceres sem o devido pagamento. Além disto, não se era conferido o estoque de medicamentos necessários ao atendimento da população. Posteriormente, as licitações eram simuladas para formalizar a aquisição dos medicamentos.

A Secretaria Municipal de Saúde também retardava licitações até que houvesse falta completa de material. Os procuradores do município apresentavam pareceres para justificar a compra atrasada de remédios. As licitações eram direcionadas aos fornecedores que possuíam relações de confiança com os secretários municipais.

Outra forma de atuação da quadrilha era a aquisição de produtos sem a devida entrega. Assim, era autorizado o pagamento aos fornecedores mesmo sem o recebimento dos remédios.

A pessoa responsável pelo controle dos estoques municipais de medicamentos participava do esquema criminoso, atestando as entregas que não ocorriam. Alguns produtos não eram distribuídos e chegavam a perder a validade.

Outros eram jogados fora. A situação provocou a falta de soro fisiológico nas unidades de saúde da cidade. Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de desvio de verbas públicas, fraudes a licitações, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento, organização criminosa e crime contra a ordem econômica. 

Será concedida entrevista coletiva às 10h30 na superintendência Regional da Polícia Federal no Mato Grosso.

“Fidare”, em italiano, significa confiança, elemento fundamental para que a organização criminosa desvendada pela PF lograsse êxito em suas atividades.Também tem o significado de “fiado”, pois os empresários vendiam para a prefeitura para posterior pagamento em valores superfaturados.

ALGUNS DOS PRESOS

Kátia Faria da Silva - pregoeira da prefeitura de Cáceres

Odiner Gonçalves de Sá - secretário de Finanças de Cáceres

Diego Antonini dos Santos - servidor da secretaria de Saúde de Cáceres

Jackeline Souto - servidora da secretaria de Saúde de Cáceres

Vânia Costaldi - servidora da Unemat

CONDUÇÃO COERCITIVA

Túlio Fontes - ex-prefeito de Cáceres

Antônia Eliene Liberato Dias - atual vice-prefeita de Cáceres

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