Política Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 21h:43 | Atualizado:

Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 21h:43 | Atualizado:

OPERAÇÃO MALEBOLGE

PGE quer delações do STF para acionar empresas sonegadoras em MT

Gabriela Novis quer acionar empresas envolvidas no Escândalo dos Maquinários

PABLO RODRIGO
Diário de Cuiabá

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

gabrielanovis.jpg

 

A procuradora-geral do Estado (PGE), Gabriela Novis Neves, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, informações contidas nas delações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), de seus familiares, e do ex-chefe de Gabinete Silvio Cézar Correia, para apurar se houve crimes fiscais na compra de maquinários no programa “Mato Grosso 100% equipado” durante a gestão do governo Blairo Maggi (203/2010). “O Estado de Mato Grosso requer o compartilhamento das informações contidas em tal declaração, bem como das provas dela decorrentes, já produzidas ou que vierem a ser produzidas, uma vez que os eventos ali listados possivelmente configuram sonegação de recolhimento de tributos estaduais”, diz trecho do oficio encaminhado no último dia 5 de fevereiro. 

Além da suspeita em relação a compra de 705 máquinas rodoviárias e caminhões compradas com superfaturamento e distribuídas para os 141 municípios, Novis ainda cita outros eventos que possam ter tido crimes de evasão fiscal. “Tal sonegação teria ocorrido, pelo menos, a partir dos fatos descritos nos seguintes eventos: compra e maquinários com o retorno de propina no programa “MT 100% equipado”, venda ilegal de combustível – Petrobrás, e concessão de benefícios fiscais irregulares em favor das empresas JBS, Frialto Sinop e Rondonópolis, Marfrig, Votorantim, empresas atacadistas, empresas do setor sucroalcooleiro, empresas do setor de biodiesel”, relata o documento. 

O atual ministro da agricultura Blairo Maggi era o governador em 2009 quando foram adquiridos os equipamentos dentro do programa “MT 100% equipado”. À época, ele alegou não ter qualquer responsabilidade no esquema de superfaturamento e alegou que foi ele que acionou a Auditoria Geral do Estado (AGE) para investigar os indícios de fraude nas licitações de compra do maquinário.

De acordo com a AGE, foi detectado um superfaturamento da ordem de R$ 44,4 milhões no preço global dos caminhões e máquinas. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ações na Justiça Federal contra as empresas envolvidas no caso e também contra Blairo e os secretários de Estado envolvidos no processo de licitação. Entre eles, Eder Moraes (Fazenda), Vilceu Marchetti (Infraestrutura – já falecido) e Geraldo de Vitto (Administração). 

Eder e Blairo foram absolvidos por Julier enquanto De Vitto e Marchetti foram condenados. Além de ter que devolver o montante de R$ 44 milhões, com as correções monetárias, De Vitto e Marchetti foram condenados a pagar uma multa de R$ 10 mil cada um. Ambos tiveram seus direitos políticos suspensos pelo período de 5 anos.





Postar um novo comentário





Comentários (3)

  • pacufrito

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 12h10
  • A pergunta é: Vão esperar os crimes prescreverem para tomar providencias? seus incompetentes.
    0
    0



  • Jo?o

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 11h34
  • Por que só agora?
    0
    0



  • Rocha

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 06h54
  • Só esperamos que a PAGE não seja usada para fins eleitoreiros.
    0
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet