Em assembléia geral realizada na noite de ontem, associações que representam policiais e bombeiros militares de Mato Grosso decidiram que não aceitarão a proposta feita pelo Governo do Estado à categoria. Eles deram um prazo até dia 28 de maio para o Governo retomar as negociações e não descartam entrarem em "greve" não saindo dos quarteis para fazer a segurança ostensiva nas cidades.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militar (Assof-MT), tenente-coronel Wanderson Siqueira, a proposta de reajuste parcelado previsto para dezembro de 2015 não agradou a categoria. Além disso, a redução do aumento previsto para o mês de maio é vista como uma “afronta” aos policiais. “Não vamos aceitar. Paara nós é uma redução ilegal”, avaliou o sindicalista.
Em acordo firmado na gestão passada, os militares receberiam um ganho real de 3,13% em maio, além da reposição inflacionária do ano, que foi de 6,22%. Todavia, o Governo se comprometeu em pagar apenas a reposição inflacionária de forma parcial.
Já no mês de dezembro de 2015, estão previstos aumento de 20% para a carreira de oficiais e 26% para praças. O governo anunciou que pretende parcelar este reajuste, mas ainda não apresentou calendário.
Além do cumprimento dos acordos, os militares cobram a readequação salarial devido as novas regras de exigência para ingresso na carreira. Hoje, para entrar na Polícia Militar como soldado é exigido curso superior.
Contudo, a tabela de início de carreira dos militares está defasada a nível médio. Hoje, o salário inicial de um policial militar é de R$ 2.85o mil enquanto de um policial civil é de R$ 3,9 mil.
A categoria defende a equiparação salarial das polícias. “Se não fizer a readequação, não haverá interesse para ingresso na carreira”, declarou Wanderson.
O líder da categoria afirmou que uma nova assembléia será realizada no dia 28 para avaliar eventual proposta apresentada pelo Governo e os rumos da mobilização. Até mesmo um “aquartelamento”, que significa a manutenção de policiais nos batalhões e quartéis, não está descartado. “Tem uma série de providências legais antes de se deflagrar uma greve. Mas não está descartada a greve, visto que outros Estados já fizeram este movimento”, colocou.
Outro ponto criticado por Wanderson é a falta de diálogo direto com as associações que representam os militares. "O governo está usando de subterfúgios e uma das nossas exigências é que as propostas sejam enviadas diretamente as associações, que são quem representam os militares”. Além da Assof-MT, compõem o movimento a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Oficiais Administrativo e Especialista da Polícia Militar e Bombeiros Militar (Assoade), Associação de Cabos e Sargentos da Policia e Bombeiros Militar (ACSPMBM-MT) e a Associação de Militares Inativos e Pensionistas (ASMIP).
VEJA O QUE FOI DELIBERADO NA ASSEMBLEIA REALIZADA ONTEM:
1. Rejeitar a proposta de parcelamento apresentada na data de ontem, pelo Secretário Adjunto de Segurança Pública, de pagar os 50% do INPC em dezembro de 2015 e de dividir a terceira parcela da reestruturação nos meses de dezembro de 2015, janeiro e abril de 2016;
2. Exigir ainda neste mês de maio, a aplicação integral do anexo II da lei de reestruturação salarial;
3. Rejeitar qualquer proposta de divisão da parcela de dezembro de 2015;
4. Definição do dia 28 de maio, como prazo final, para um entendimento com o Governo em relação aos apontamentos da categoria, após esse prazo, deverá ser convocada nova assembleia para apresentar os resultados;
Na hipótese do governo impor o descumprindo da lei complementar 541/2014, foi deliberado pelo ajuizamento de ações judiciais e manifestações públicas de repúdio da categoria.
h?lio
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 23h25jose
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 22h06Povo
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 21h21Jos? Pedro Steve
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 18h49Leandro
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 16h28PAULO
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 16h14Marcelo
Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015, 15h58