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A Polícia Federal deflagrou nos últimos dois dias uma operação que apura lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Houve busca e apreensão na casa de políticos e empresários em São Paulo, Mato Grosso, Goiás e DF. Foram apreendidos R$ 126 milhões em cheques e notas promissórias em nome de várias pessoas, entre elas, políticos, mantidos sob sigilo.
A PF quer saber para quem o grupo operava, em especial no MT, onde está a maior parte dos investigados. Um dos alvos é o empresário Fernando Mendonça, filiado ao PDT. Ele é um dos doadores de campanha e pai de uma funcionária do gabinete do senador Pedro Taques (PDT-MT), que não é investigado na operação.
Uma das empresas de Mendonça doou R$ 229,5 mil à campanha ao Senado de Taques em 2010. Entre os investigados está também um dos sobrinhos do senador Jayme Campos (DEM-MT) e um ex-secretário dos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).
Campos, Maggi e Barbosa não são investigados. Taques e Campos negam qualquer relação com as supostas ilegalidades investigadas.
Mendonça não foi localizado pela Folha para comentar a operação da PF.