Presidente estadual do PSB, Max Russi negou a possibilidade do prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD), de ‘roubar’ o comando da legenda socialista em Mato Grosso. A filiação do gestor e a articulação para que assuma o comando do partido no Estado começou há algumas semanas, o que gerou certo desconforto no grupo ligado ao presidente da Assembleia Legislativa.
“Existe a conversa, mas não há nada definido. Se ele quiser se filiar é muito bem vindo, como qualquer outra pessoa. Mas tomar a legenda, isso não deve acontecer. Temos um diretório consolidado”, disse Max.
A movimentação de Pátio ganhou força após ele ter lançado um comitê de apoio ao pré-candidato à presidência da República, Lula (PT). O PSB a nível nacional deve caminhar junto do petista, entretanto, a legenda no Estado é mais voltada para o grupo bolsonarista.
A ameaça a Max fez com que outras legendas se mobilizassem para tentar filiar o deputado. O MDB, que atualmente tem três deputados estaduais, foi o primeiro a fazer o convite. Russi, porém, não tem interesse em deixar o comando do PSB, legenda que ele ajudou a reerguer após a debandada do grupo do governador Mauro Mendes.
Mendes foi prefeito de Cuiabá pelo partido e, após a desistência de buscar a reeleição, acabou se filiando ao DEM para buscar concorrer ao governo do Estado. Na migração outros correligionários seguiram o gestor, o que causou um esvaziamento da legenda. Russi assumiu o comando e nos últimos quatro anos tem trabalhado na filiação e na montagem de chapas viáveis para deputado estadual e federal em Mato Grosso. A questão agora será buscar a liberação para que no Estado o diretório haja independente do projeto nacional.
Isso porque o ex-presidente Lula demonstrou interesse em ter Geraldo Alckmin como candidato a vice em sua chapa presidencial, pelo PSB. Questionado sobre esse arranjo, Russi afirma que ainda é cedo para tratar dessa situação aqui no Estado. Caso a nacional não libere os diretórios estaduais, o presidente deve ter problemas com os apoiadores.
“Ainda é cedo, não tem nada certo. Em janeiro deve se voltar a falar disso e aí veremos como vai ficar”, disse Max.
PANTANAL
Terça-Feira, 21 de Dezembro de 2021, 11h31