Emanuel Pinheiro (MDB) pediu que os vereadores de Cuiabá não “tripudiem” em cima da vereadora Edna Sampaio, que é investigada na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, e que deem a ela o direito de defesa. O prefeito recomendou que “não façam julgamento antecipado porque amanhã pode ser você”.

Edna é investigada por acusações de “rachadinha” em seu gabinete, relacionada à verba indenizatória, denúncia feita por sua ex-chefe de gabinete.

Em entrevista nesta semana o prefeito da capital disse que não deu palpites ou recomendações a nenhum vereador sobre a posição que devem tomar com relação ao caso de Edna. Seu único conselho foi que deem oportunidade para que ela se defenda.

“Eu não me envolvo em nada na Câmara Municipal de Cuiabá eu respeito demais a relação independente e harmônica entre os poderes, agora claro, como agente político, como liderança política, um vereador ou outro conversa comigo, se dependesse de mim eu diria o seguinte: não tripudie em cima da colega, deem a ela a oportunidade de defesa, isso é sagrado, um dos pilares do estado democrático de direito é o direito de defesa, o direito do contraditório e da ampla defesa”.

Emanuel afirmou que alguns vereadores estão aproveitando a situação para tentar diminuir a vereadora, mas que isso pode acabar voltando contra eles.

“E eu vejo agora, sem nenhum escrúpulo, alguns parlamentares, algumas parlamentares tripudiando em cima da vereadora como se fossem ícones ou paladinos da moralidade. Eu acho isso um absurdo, cumpram o seu papel, investiguem, apurem em uma comissão de ética. [...] Façam um trabalho ali dentro, não provoquem, não façam julgamento antecipado porque amanhã pode ser você. Então eu acho que só esse respeito entre os colegas é que falta, e falo como do parlamento que fui, duas vezes vereador de Cuiabá e 4 vezes deputado estadual”.

Por fim ele ainda elogiou a atuação dos vereadores Rodrigo Arruda e Sá, Wilson Kero Kero e Kássio Coelho na Comissão de Ética, e reforçou que não se intromete nestes assuntos, que “é uma decisão que cabe a cada vereador dentro daquilo que foi investigado na comissão”.