O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), por meio de nota divulgada a imprensa relatou, assim como a prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), ter recebido parte de uma dívida contraída pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Segundo ele, as “supostas” imagens suas recebendo dinheiro das mãos do ex-chefe de gabinete, Silvio César Correa Araújo, não se tratam de recebimento de propina, conforme declarou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em delação premiada.

No texto divulgado, o prefeito ressalta a sua integridade moral e a carreira política em que sempre atuou incisivamente contra a corrupção. Ele afirma que o pagamento feito por Silvio Correa não tem nenhuma relação com os fatos expostos na delação do Silval.

"O Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou uma reportagem com imagens, supostamente minhas, recebendo uma certa quantia em dinheiro. Venho por meio desta nota, explicar a realidade dos fatos. Na ocasião, eu estava recebendo parte de uma dívida contraída pelo próprio ex-governador de Mato Grosso. Que fique claro, não se trata de propina alguma", afirma o prefeito.

O chefe do executivo também diz que até o momento não foi procurado por nenhuma autoridade para explicar os fatos. Ele diz que está a disposição da Justiça para sanar qualquer dúvida em relação a isso.

Pinheiro apareceu nesta semana em um vídeo divulgado pelo Ministério Público Federal anexado a delação premiada do ex-governador em que ele está recebendo um montante de dinheiro em espécie do ex-chefe de gabinete de Barbosa, Silvio César Correa Araújo. Ele coloca o dinheiro no paletó de seu terno, chegando a deixar cair uma quantia.

Emanuel ainda brinca com a situação. “E Sílvio”, disse.

Além do prefeito, vários outros deputados também foram gravados recebendo propinas do ex-governador. 

NOTA À IMPRENSA – PREFEITO DE CUIABÁ EMANUEL PINHEIRO

Amigos, imprensa e companheiros de Mato Grosso, nesta quinta-feira (24.08), o Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou uma reportagem com imagens, supostamente minhas, recebendo uma certa quantia em dinheiro. Venho por meio desta nota, explicar a realidade dos fatos. Na ocasião, eu estava recebendo parte de uma dívida contraída pelo próprio ex-Governador de Mato Grosso. Que fique claro, não se tratar de propina alguma.

Ressalto a minha integridade moral onde em minha carreira política sempre atuei de forma incisiva contra a corrupção, o que mostra a toda a população que não existe nenhum tipo de relação com os fatos expostos na delação. Pela minha atuação coerente, sempre soube que em um momento ou outro haveria perseguição. 

Até o momento não fui procurado por nenhuma autoridade para explicar os fatos. E, após ser chamado, se é que serei, meus advogados irão tomar as medidas cabíveis e iremos analisar o conteúdo do material e da delação. 

Continuo à disposição de toda a sociedade e imprensa para sanar qualquer dúvida. Muito obrigado, pela compreensão. 

EMANUEL PINHEIRO