O prefeito Mauro Mendes (PSB) convocou o presidente do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá, o Cuiabá Prev, Bolanger José de Almeida, para prestar esclarecimentos sobre a denúncia publicada na edição da revista Veja desta semana. Conforme a publicação, a previdência municipal teria repassado R$ 3,4 milhões a um fundo de investimentos do doleiro Alberto Yousseff, pivô de um esquema de lavagem de dinheiro que chega a R$ 10 bilhões.
Mendes preferiu não emitir juízo sobre o caso. O prefeito afirma que, antes, é preciso ouvir os esclarecimentos do presidente para saber exatamente o que aconteceu.
O socialista ressalta que, mesmo se tratando de um veículo de comunicação de credibilidade, a publicação está sujeita a erros e que, por isso, convocou o presidente do Cuiabá Prev para uma reunião. Conforme a reportagem da revista Veja, R$ 23 milhões que abasteceram a Marsans Brasil vieram de fundos de previdência. Deste total, cerca de R$ 3,4 milhões são oriundos do Cuiabá Prev.
Ainda de acordo com a revista, o aporte dos fundos de previdência foi feito através do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Viaja Brasil, da empresa Marsan Turismo, que é controlada por Yousseff desde 2010.
O fundo foi criado pelo banco Máxima e tem como propósito impulsionar o crescimento do grupo Marsans Brasil. Os recursos foram integralmente investidos na empresa Graça Aranha RJ Participações, dona da Marsans Brasil, segundo a reportagem.
A revista ressalta que a situação financeira da agência causa estranheza. Isso porque, mesmo com a milionária injeção de recursos feita pelos fundos desde 2012, a Marsans enfrenta dificuldades.
À reportagem de Veja, Bolanger José de Almeida responsabilizou a gestão anterior pelo investimento no fundo controlado por Yousseff. Em 2012, na gestão do então prefeito Chico Galindo (PTB), o Fundo era controlado por Ronaldo Taveira.
No entanto, segundo a publicação, documentos do Ministério da Previdência mostram que a aplicação no fundo Viaja Brasil foi a partir do segundo bimestre de 2013.
Neste período, o fundo já estava sob a gestão de Bolanger, que assumiu o cargo de presidente no início da gestão do prefeito Mauro Mendes.
Diante do alto risco dos investimentos, o presidente da autarquia disse à revista que já estuda medidas judiciais para preservar os investimentos feitos na Marsans. Afirmou estar preocupado com a situação, uma vez, que a empresa está com dificuldades financeiras incompreensíveis, levando em consideração o aquecimento do turismo no Brasil. Além disso, manifestou o desejo de contratar uma auditoria para apurar o que houve.
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Terça-Feira, 20 de Maio de 2014, 10h57