Aos 75 anos, a professora aposentada da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Luiza Volpato protagonizou uma cena digna de roteiro cinematográfico: ignorou toques no interfone, pedidos do porteiro e chamadas da polícia para tentar se esquivar da Operação Sepulcro Caiado, que investiga desvios de R$ 21 milhões no Tribunal de Justiça. Mas estava em casa — e só foi localizada após os agentes arrombarem a porta do apartamento.
A empresária e a advogada Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, alvos de mandados de prisão tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar, após passarem por audiência de custódia. A idosa é mãe de João Gustavo Ricci Volpato, apontado como líder de um esquema milionário de fraudes em depósitos judiciais no Tribunal de Justiça.
Enquanto ela tentava fingir não estar no edifício para os investigadores, o filho era preso em outro endereço. Ele já esperava a polícia com a porta aberta. A esposa e a filha de João haviam deixado o local na noite anterior, segundo registros das câmeras do condomínio.
Durante o cumprimento do mandado contra Luiza, os policiais apreenderam celular, notebook e um veículo zero quilômetro.