Política Quinta-Feira, 22 de Maio de 2014, 22h:22 | Atualizado:

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Promotor cita conexão de documentos entregues por Éder com operação da PF

 

Da Redação

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O promotor de Justiça de Mato Grosso Marcos Regenold, que atua no Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado), negou qualquer envolvimento pessoal com o ex-secretário de estado Éder Moraes, preso durante a Operação Ararath da Polícia Federal em Cuiabá. Ele afirmou que apenas intermediou os encontros de Éder Moraes com a Polícia Federal. A Procuradoria Geral da República aponta que os dois tinham 'relações espúrias' e que Regenold teria atuado em favor de Moraes junto ao Ministério Público Federal e Polícia Federal.

O gabinete do membro do Ministério Público do estado (MPE-MT) foi alvo de busca e apreensão dos policiais federais na terça-feira (20), mesmo dia em que Moraes, ex-secretário de Fazenda e da Casa Civil, foi preso pela Polícia Federal. A operação, que está na quinta fase, investiga um esquema de lavagem de dinheiro e outros crimes contra o sistema financeiro.

“Ele veio com a intenção de revelar fatos, que pudessem ajudar nas investigações de desvio de dinheiro público do estado de Mato Grosso e posteriormente ele disse que gostaria de entregar documentos importantes para a Polícia Federal de Brasília”, disse Regenold, sobre o contato que manteve com Éder Moraes .

O promotor intermediou entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014 os encontros de Moraes com a Polícia Federal, alegando que o ex-secretário teria documentos que comprovariam desvio de recursos no governo do estado - com a ligação de pessoas investigadas na Ararath. Porém, a polícia concluiu que a documentação era velha e superficial, e que Moraes queria redirecionar as investigações com o intuito de prejudicar os adversários políticos dele.

Regenold, entretanto, diz que a intenção era contribuir com a investigação federal e que os documentos não eram antigos. “Pelo que me consta estes documentos foram tão importantes que todas as medidas judiciais que eu vi que foram adotadas no estado guardam conexão com estes documentos. Eles são extremamente relevantes e não são antigos. Pelo contrário, eles são atuais", justificou o promotor.

Ligação telefônica

No dia em que a PF fez busca e apreensão na casa de Moraes, numa das fases da operação, houve contato telefônico entre Regenold e o ex-secretário. A ligação foi interceptada pela Justiça.

“As ligações foram tão somente para verificar a entrega de documentos. E no dia específico da busca e apreensão que houve na sua casa, ele ligou para pedir para entrar em contato com esses dois delegados e verificar se aquilo realmente estava programado", justificou o promotor.

Falsificação de documento

Há ainda indícios de que Moraes falsificou um documento do Ministério Público Federal no qual o procurador da República Thiago Lemos de Andrade supostamente pediria a prisão do ex-secretário. O documento foi apreendido na casa do suspeito.

A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal em Mato Grosso informou que o procurador Andrade foi transferido no ano passado para Minas Gerais e que o ex-secretário já foi denunciado por 38 crimes, entre eles o de falsificação de documentos.





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