PSD avisa que, se Botelho "roer corda", apoiará PT em Cuiabá

 

Mesmo acreditando veementemente que o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, deixará o União Brasil para se filiar ao Partido Social Democrático (PSD), o deputado estadual Wilson Santos avisou que, em uma eventual permanência de Botelho no UB, o PSD não apoiará sua pré-candidatura à Prefeitura de Cuiabá em 2024. Segundo Wilson, essa é uma determinação do presidente estadual do PSD, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. 

Questionado se o nome dele é considerado plano B para encabeçar um projeto à prefeitura,  uma vez que ele acabou sendo citado na pesquisa de intenções de voto do Instituto Gazeta Dados figurando em quarto lugar com 7%, Santos respondeu que não, mas pontuou que a agremiação buscará outro rumo provavelmente uma aliança com o candidato a ser definido pela Federação Brasil da Esperança, que deve ser o deputado estadual Lúdio Cabral (PT). "Carlos Fávaro já disse a ele que, caso ele não venha para o PSD, o partido buscará outro caminho", resumiu Wilson durante entrevista na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (22). 

A possibilidade da saída de Eduardo Botelho dos quadros do UB está vinculada à disputa interna que ele trava na legenda com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que também é pré-candidato à prefeitura. Contudo, Garcia já conquistou a preferência do presidente do Diretório Estadual do União Brasil, o governador Mauro Mendes, que declarou publicamente ter feito um acordo com ele em 2022 sobre o apoio ao seu nome na corrida pelo Alencastro. 

Wilson já marcou a data de filiação de Botelho para 11 de dezembro, que deve acontecer no Centro de Eventos do Pantanal. Segundo Wilson, a demora de Eduardo em confirmar sua adesão está relacionada ao fato de ele querer conversar com o governador para fazer as devidas despedidas, a fim de manter o nível de amizade e cordialidade, e evitar um conflito pessoal. 

"Eu acho que ele já decidiu. Na minha concepção, já tomou a decisão. Agora, existem alguns passos burocráticos que precisam ser dados, alguns obstáculos que precisam ser superados. Caso concretize essa saída, ele não pode fechar as portas, sair com guerra. Nós temos o segundo turno. Há alguns detalhes a serem superados", pontuou Wilson.