PT de MT é contra federação com partidos "aliados de MM"

 

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) se manifestou contrário à proposta do Partido dos Trabalhadores, discutida pelo diretório nacional, de formar uma federação com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Verde (PV) para fortalecer o projeto presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na avaliação do parlamentar, a federação é "uma camisa de força" já que tem a obrigatoriedade de vigorar por quatro anos e levaria o PT em Mato Grosso a firmar aliança com políticos antagônicos ao projeto do PT nacional de reconduzir Lula à Presidência da República. 

“Eu espero que não aconteça, espero que o PT não aprove esse caminho, porque o Lula pode construir alianças independente da existência de federação, até porque coligação em eleição majoritária podem existir. A federação é uma camisa de força, é um cavalo de troia, que nos engessa e aqui em Mato Grosso, agudiza as contradições que o PT faz oposição ao atual governador”, declarou.

Se aprovada uma federação do PT com o PSB e o PV, os petistas teriam no palanque o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi, que tem atualmente uma base política formada em sua maior parte por apoiadores do Bolsonarismo e é aliado de primeira hora do governador Mauro Mendes (DEM), a quem o PT faz oposição. 

“O PSB está na base do atual Governo, inclusive aventa-se a possibilidade, as especulações de bastidores, que a imprensa trabalha, na possibilidade do presidente Max Russi ser cotado a vice do Mauro Mendes. O PV também está na base do atual governador e tem um perfil de direita aqui em Mato Grosso. O PCdoB que tem mais proximidade com o PT , fora isso, que sentido teria a federação, não só para a construção eleitoral, mas para a construção política do PT”, questionou Lúdio.

Lúdio Cabral também mostra descontentamento com a aproximação de Lula com empresários do agronegócio de Mato Grosso a quem, em sua visão, pouco acrescenta em caráter político para as eleições de 2022. “Esses gigantes do agronegócio não têm legitimidade para estar ao lado de Lula nas eleições. Eles não têm voto, tem só dinheiro, e eles usam dinheiro para ter votos nas eleições”, concluiu.