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Um dos primeiros partidos a deliberar sobre as normas para a escolha e substituição de candidatos para as eleições de 2014, conforme prevê calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT deverá centrar o foco sobre o projeto principal de reeleger a presidente Dilma Rousseff durante reunião ampliada, marcada para o dia 14 deste mês. No encontro, a cúpula da agremiação tentará convencer o ex-vereador, Lúdio Cabral, sobre o plano maior da legenda nacional que pode significar queda de liderança de chapa majoritária no pleito geral em Mato Gros-so. “O PT está bem decidido sobre a prioridade que é a construção de palanque único em favor do projeto de reeleição da presidente Dilma”, assevera o presidente da sigla no Estado, William Sampaio.
O encontro ocorre durante a reunião do Fórum de Partidos, prevista para o próximo dia 10, que deve contar com a presença de outros pré-candidatos ao governo, como o presidente regional do PSD, vice-governador Chico Daltro. Na ocasião, o PMDB de Carlos Bezerra apresenta o ex-juiz federal, Julier Sebastião da Silva, como pretenso candidato à vaga na majoritária.
Julier ingressou ao PMDB com meta de encabeçar a disputa ao governo, recebendo apoio de líderes da nacional, como o presidente, Valdir Raupp. O PT participa dessa reunião reafirmando as diretrizes da Executiva nacional, ou seja, tentar assegurar um candidato ao governo entre as legendas aliadas, buscando a unidade em torno da reeleição da presidente.
Assim, o PT pode validar outro nome, não sendo necessariamente nome integrante dos quadros petistas. Somado a isso, pesa contra Lúdio o fato de alguns membros do par-tido apoiarem “extra-oficialmente” o nome de Julier para o governo. As discordâncias no partido sobre o projeto prioritário, tendem a reduzir o campo de respaldo à Lúdio, que tenta viabilizar seu nome dentro do partido, como candidato ao comando de Mato Grosso. Independente dos esforços do ex-vereador, o fato é que boa parte da direção estadual do PT está certa sobre os próximos encaminhamentos.
E não seriam favoráveis à candidatura de Lúdio. Ele tem insistido na tese de seu direito a pleitear o governo, buscando apoio nas bases do partido além da oposição.
O evidente racha no PT, mais uma vez, pode levar a agremiação a resultados pouco promissores. Basta lembrar das eleições de 2010, quando os dois principais líderes, Carlos Abicalil, concorrendo à senatória e Serys Slhessarenko (hoje no PTB), na disputa à Câmara Federal, não foram eleitos. Um resultado piorado pelos arranhões entre ambos.