Ao descartar a realização de prévias para definir o pré-candidato a governador do Estado, o diretório estadual do PT explica que o objetivo da decisão é evitar prejuízos a campanha a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT) em Mato Grosso. Historicamente, o partido nunca venceu as eleições presidenciais no Estado, tanto nos dois mandatos de Lula, como na eleição de Dilma, em 2010.
Hoje, a sigla tem duas correntes para a sucessão estadual. A ligada ao diretório estadual, presidido por William Sampaio e que conta com apoio do deputado estadual Alexandre César, defende que o juiz Julier Sebastião da Silva se filie a legenda já na condição de pré-candidato a governador. A segunda tem como projeto lançar o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, ao Governo e conta com apoios dos deputados Ademir Brunetto e Ságuas Moraes.
Para o presidente do PT, William Sampaio, a realização de prévias está descartada. Ele ainda sinalizou que o PT tomará a decisão que for melhor para o partido e para a eleição presidencial sem se descuidar da eleição para o Governo do Estado.
“Tanto Lúdio Cabral quanto Julier Sebastião da Silva contam com a simpatia do partido e podem ser candidatos neste ano”, disse o presidente petista.
“A decisão de não realizar prévias é uma demonstração do amadurecimento do PT, que não vai mais permitir que disputas internas atrapalhem o processo sucessório de reeleição da presidente Dilma e também a real possibilidade de ter candidatos com bagagem para vencer as eleições dentro do arco de alianças da base governista”, assegurou William Sampaio.
No domingo, o Partido dos Trabalhadores realiza reunião ampliada para discutir como será conduzida a questão eleitoral para o governo do Estado e qual o melhor dia para realização da votação dos 230 Delegados que decidirão entre Lúdio Cabral ou Julier Sebastião da Silva. O magistrado, aliás tem até o dia 5 de abril para deixar a Magistratura e se filiar.