O envolvimento do vereador Marcrean Santos (PRTB) numa briga com o líder comunitário José Carlos da Silva (presidente do bairro Renascer) promete “aquecer os ânimos” na Câmara Municipal de Cuiabá na próxima terça-feira (18), já que o suplente Rogério Varanda (PV), que atualmente ocupa a cadeira do vereador Mário Nadaf, antecipa que vai protocolar um pedido de cassação do mandato de Marcrean. No entanto, Nadaf, enquanto presidente do Diretório Municipal do Partido Verde, garante que a medida é “extremamente precipitada” e não representa uma posição partidária do PV.
Na briga, ocorrida na manhã deste sábado (15) e que resultou em boletim de ocorrência registrado na Polícia, o líder comunitário que é filiado ao PV e pré-candidato a vereador em 2016, acusou Marcrean Santos de ter desferido socos no seu rosto juntamente com o assessor Elton Santos. A confusão ocorreu nas imediações do Córrego do Barbado, num terreno de José Carlos que recebia resíduos coletados por caminhões da Prefeitura. Para o vereador Marcrean Santos, no local estava sendo praticado um crime ambiental e por isso seu assessor estava ali fotografando para denunciar aos órgãos responsáveis por fiscalizar.
Marcrean nega ter agredido o líder comunitário e seu assessor Elton afirma ser o autor das agressões, mas garante que também foi agredido por José Carlos. Mesmo assim, o suplente do PV, Rogério Varanda, afirma que vai cobrar na Câmara uma investigação em relação à conduta do vereador Marcrean e punição com a cassação de mandato.
“A conduta do vereador acho que foi um pouco abusiva para um homem público. Ele não pode jamais tratar o povo dessa forma. Ele foi eleito não pra bater no povo, mas sim pra legislar e atuar a favor da população”, destaca Varanda. “Não é justo isso acontecer, além de ser presidente de bairro ele [José Carlos] também é filiado ao nosso partido. Não podemos dar as costas, mas sim ajudá-lo nesse momento. Nem a Polícia sai batendo em alguém pelas ruas, imagine um vereador. T em que ter respeito. A política é a arte de negociar e resolver as coisa de forma civilizada”, justifica Rogério Varanda.
Questionado pela reportagem sobre a posição do presidente do Partido, Mário Nadaf que não concorda com pedido de cassação nesse momento, sem qualquer apuração do fato e comprovação de culpa, Varanda amenizou seu posicionamento. “Estaremos amanhã averiguando isso, pois existe uma fita, uma gravação da confusão. Vamos assistir as imagens e verificar. Também temos que ter prudência. Da mesma forma que não quero prejudicar ninguém também nao quer ser prejudicado”, esclareceu Varanda.
Cautela
Licenciado da Câmara por 2 meses para contemplar o suplente no rodízio partidário, Mário Nadaf garante que o partido ainda não debateu internamente e não vai protocolar nenhum pedido de cassação contra Marcrean. “Não me oponho à decisão do vereador Varanda. Ele tem legitimidade, mas ainda precisa nos convencer de que esta é uma bandeira que o partido vai ter que carregar. O partido é composto por várias lideranças e militantes”, enfatiza Nadaf.
“Eu só tenho conhecimento pela imprensa que houve uma agressão física, mas que o vereador Marcrean não reconhece. Ele afirma que teve um crime ambiental lá e que foi em defesa desse crime ambiental que o vereador intercedeu. Eu não tenho elementos investigatórios para protocolar qualquer pedido de cassação, só existe boletim de ocorrência com as acusações. São subsídios muitos frágeis para propor uma ação dessa relevância pedindo a cassação do mandato”, alerta Nadaf.
Ele no entanto, reconhece que Varanda enquanto vereador tem legitimidade para ser propositor do que ele quiser, tem autonomia para isso. “Mas isso não é uma decisão partidária do PV, pois ainda não temos elementos concretos sobre o que de fato aconteceu. Não houve ainda uma decisão de colegiado dentro do Partido Verde”, esclarece.
Para Nadaf, a briga entre Marcrean e José Carlos é uma questão pessoal que só diz respeito a eles neste momento. “O partido defende o meio ambiente, a moralidade do serviço público, mas não podemos trocar gato por lebre, dar um tiro no pé, não quero julgar. O João Carlos é um líder comunitário filiado ao Partido verde e pré-candidato a vereador em 2016. Lá na região do Renascer e do Pedregal é uma área de atuação dos dois. Temos que tomar cuidado para não envolver a questão partidária por um desentendimento ocorrido no calor da emoção”.
Alvino batista junior
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 19h32benedito costa
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 18h48SOUZA
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 17h34Justino
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 16h51pablo
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 14h35gia
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2015, 14h30