Os partidos da base governista deixaram para a semana que vem – em data ainda a ser confirmada – uma reunião que fariam nesta semana para discutir o processo eleitoral deste ano. O motivo do adiamento é o que um dos principais líderes do grupo, o deputado estadual José Riva (PSD), foi um dos alvos da quinta fase da operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (20), e ainda está preso em Brasília. 

As lideranças dos partidos que compõem o bloco, no entanto, ainda não fizeram uma avaliação sobre o impacto da operação nos debates sobre a eleição. Além de Riva, o ex-secretário de Estado e pré-candidato a deputado Eder Moraes (PMDB) está preso. O governador Silval Barbosa (PMDB) também foi detido, mas liberado após o pagamento de fiança. 

Por receio de desgaste, a cúpula do PMDB resolveu adiar também o lançamento da pré-candidatura ao governo do ex-juiz Julier Sebastião da Silva (PMDB). O evento - que já deveria ter sido realizado no último dia 16, mas havia sido adiado para ontem – contaria com a presença do vice-presidente da República Michel Temer, do ministro da Agricultura, Neri Geller e de outras lideranças nacionais do partido. 

A legenda deve se reunir ainda hoje para decidir uma nova data. 

INDEFINIÇÃO

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Romoaldo Júnior (PMDB) avaliou como negativa a demora na escolha de quem será o candidato do grupo governista à sucessão do governador Silval Barbosa. Para o peemedebista, o bloco já está perdendo para a oposição, que tem pré-candidato definido, o senador Pedro Taques (PDT). 

Romoaldo culpa Silval e o senador Blairo Maggi (PR). Segundo ele, nenhum dos dois tem se interessado pelo processo eleitoral.