Secretário acusa deputado de fazer “circo” sobre Covid na SES

 

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que se sentiu desrespeitado pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) ao prestar esclarecimentos sobre os motivos de um surto de casos de Covid-19 na sede da secretaria. Figueiredo ainda declarou que Lúdio fez um “circo” sobre a situação.

 “Me sinto desrespeitado, ele faz o circo que ele acha interessante fazer e eu respondo. Sou um servidor público e tenho obrigação de responder a todos os que me interpelam como houve ontem”, disse o secretário durante coletiva de imprensa no lançamento do programa Imuniza Mais MT, na semana passada. 

A sede da Secretaria Estadual de Saúde (SES), em Cuiabá, foi fechada na última semana para desinfecção após 15 servidores que trabalham no prédio serem diagnosticados com Covid-19. Lúdio havia pedido a convocação do secretário, em caráter de urgência, para questionar a secretaria sobre o surto da doença e as medidas adotadas para conter o avanço do contágio.

Além disso, o parlamentar queria saber as respostas da pasta sobre os sete ofícios enviados pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma), que tem apontado a negligência da secretaria como uma das causas do surto, com mais de 60 servidores infectados por Covid-19 nas últimas três semanas. 

 “Ele tem direito de ter opinião de fazer aquilo que a legislação determinar, aquilo que os profissionais investidos de competência determinam e fazer o melhor para a proteção dos servidores. Nós temos sim casos de servidores que não querem se vacinar, que recusam cumprir as normas que é utilizar máscaras. Já fiz uma reunião para que a gente possa verificar qual é a decisão ser tomada e até convidei o sindicato e a comissão de saúde da Assembleia para junto comigo desenhar qual é formato”, explicou Figueiredo.

Apesar de não ter informado quais serão as consequências, o secretário ainda destacou que penalizar quem descumprir as medidas contra a disseminação da Covid-19 dentro da secretaria.  

“Vamos cumprir o que foi estabelecido, mas vamos aplicar as penalidades para quem não quiser cumprir. Não posso amarrar as pessoas, brigar com o cidadão que não queira utilizar uma máscara, que ao entrar na secretaria se recusa a tomar a temperatura e sequer higieniza as mãos. Infelizmente não vou fazer isso à força, mas deve ter uma consequência para aquele que reiteradamente descumprem aquilo que foi estabelecido”, concluiu.