Política Quinta-Feira, 17 de Junho de 2021, 14h:45 | Atualizado:

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CHAPA GOVERNISTA

Secretário nega acordo para ex-senador ser vice de Mauro e elogia Pivetta

Mauro Carvalho alega que conversações sobre chapa devem se afunilar só no próximo ano

EMILY MAGALHÃES E WELINGTON SABINO
Da Redação

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Ednilson Aguiar/ O Livre

Mauro Carvalho e Mauro Mendes

 

A filiação do ex-senador Cidinho Santos ao PSL e a ida do partido para a base de apoio do governador Mauro Mendes (DEM) visando as eleições de 2022, somadas ao fato de que o presidente da sigla, Aécio Rodrigues, assumiu uma cargo no staff do democrata e tem feito “supervalorização do passe” do novo correligionário, começa a sinalizar possíveis desgastes internos  no grupo governista. E, nesse contexto, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, nega qualquer conversa dentro do Palácio Paiaguás cogitando o ex-senador como vice de Mendes na disputa do próximo ano.

As especulações começam ganhar força após Aécio Rodrigues ter assumido Escritório de Representação do Estado de Mato Grosso em Brasília (Ermat) e levando a bancada do partido, a maior da Assembleia Legislativa com quatro deputados, para a base do governo. Além disso, o presidente do PSL deu declarações para a imprensa descrevendo Cidinho Santos como um forte nome, com capacidade e articulação política para disputar qualquer cargo majoritário, desde senador, vice-governador e até governador.

Nesse cenário hipotético, quem ficaria de escanteio seria o atual vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), que tem interesse em disputar o Senado, mas ainda não decidiu qual cargo vai disputar no próximo ano. Pivetta se lançou pré-candidato a senador na eleição suplementar de 2020, mas foi demovido da ideia por Mendes que apostava todas suas fichas na eleição do também aliado Carlos Fávaro (PSD), que já ocupava o cargo de forma interina.

No momento, Mauro Mendes e seus aliados mais próximos se recusam a falar publicamente sobre as articulações para a disputa de 2022, se irá repetir a dobradinha com Pivetta na vice ou se abrirá a vaga para outro aliado. Essa situação começou a ser benéfica para Cidinho Santos, que após as declarações do presidente do PSL já começa ser aventado como possível candidato a vice-governador.

E nesse cenário, cujas especulações tendem a ganhar força até 2022, o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, tratou de negar qualquer conversa dentro do Governo para que Cidinho Santos venha ocupar o cargo que hoje é e Pivetta. “Não existe essa conversa dentro do Palácio. Não foi discutido ainda quem é candidato a senador, quem é candidato a vice-governador. Essa discussão vai acontecer ao longo do tempo, não tem esse negócio ainda”, disse Carvalho, ao participar da entrega de máquinas nesta quarta-feira (16), ocasião em que o Governo do Estado entregou aos prefeitos os equipamentos que custaram R$ 42 milhões.

Segundo Mauro Carvalho, todo mundo democraticamente pode ser candidato, e pontua ser  legítimo a pessoa se colocar ao cargo de vice, de governador e de senador. Ele fez questão de ressaltar a importância e a parceria antiga entre Mauro Mendes e Otaviano Pivetta.

“Em relação ao Pivetta, ele tem feito um excelente trabalho junto com o governador Mauro Mendes, esteve junto com o governador em 2010 quando perderam a eleição naquele momento, foram vitoriosos em 2018. O Pivetta tem colaborado muito com a gestão. Poderia ter essa dobradinha sem problema algum. Mas toda essa discussão ainda vai acontecer no momento oportuno”, comentou o chefe da Casa Civil quando questionado se a parceria será reeditada na disputa do próximo ano.

PRESSÃO É NATURAL

Mauro Carvalho concordou que a pressão que tende aumentar sobre o governador Mauro Mendes enquanto ele mantém o discurso de que só irá anunciar em 2022 seus planos para o pleito eleitoral que se aproxima. “Essa pressão é natural, só que não estamos no momento certo para estar discutindo isso. Estamos no meio de uma pandemia, com muitas entregas, nossa prioridade é o combate à pandemia, nossas obras em infraestrutura, na saúde, a construção de seis hospitais, na educação e na área social onde o governador tem feito um trabalho extraordinário, esse é o nosso foco hoje. No momento correto iremos tratar de política e o momento correto é só o ano que vem, não vai ser discutido esse ano”, pontou Carvalho.

 





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