Senador admite disputa no PL com "barão", mas avisa: "tenho mais tempo de casa"

 

O senador Wellington Fagundes (PL) comentou sobre o nome do produtor rural Odílio Balbinotti Filho ser ventilado para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026 pelo Partido Liberal. Em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (14), o bolsonarista afirmou que não tem medo de disputas internas, mas avisou que é o correligionário mais antigo da sigla no Estado.

Balbinotti é um "barão do agronegócio" que doou R$ 292 mil para a campanha eleitoral em Mato Grosso. A maior parte dos recursos (R$ 242 mil) foi para o Democracia Cristã (DC) de Rondonópolis.

Outros R$ 50 mil foram investidos na candidata a vereadora de Cuiabá, Samantha Iris (PL) esposa do candidato a prefeito Abilio Brunini (PL). Por ser considerado "mão aberta" e o alto investimento nas candidaturas de direita no Estado, o nome dele passou a ser ventilado como um possível candidato a majoritária em 2026. "Odílio Balbinotti nunca disse para mim que quer ser candidato. Acho um excelente nome. As pessoas estão lançando ele. Quanto mais bons nomes o PL tiver, melhor. Eu não tenho medo de disputa e muito menos interna", afirmou Fagundes.

O congressista, contudo, avisou que ele é o correligionário com mais "tempo de casa", dando a entender que hierarquias devem ser respeitadas. "Qualquer um que quiser filiar ao PL tem direito [de disputar], mas tem as condicionantes e quais são elas. Eu sou o parlamentar com mais tempo de partido. Tenho uma vida dedicada ao PL. Quem tem experiência política, um trabalho como eu não pode dizer, quero esse num quero aquele, escolher adversários. Vamos esperar", disse Wellington Fagundes.

O senador foi apelidado de "melancia" por ser verde por fora e vermelho por dentro em alusão à sua ex-aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) em eleições anteriores. Tudo se desfez quando ele votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Fagundes também disputou o governo em 2018, mas perdeu para Mauro Mendes (UB). Em 2022 se aliou ao grupo político do governador e foi reeleito senador. "To pronto, preparado, energizado, mas primeiro tem que terminar o segundo turno e terminando vamos fazer um balanço do partido em todo o Estado, no Brasil também, e vamos conversar com todos os aliados", afirmou o senador.